terça-feira, 30 de dezembro de 2008

200 INOVE!

Após meu post de ontem, resolvi escrever algo, afinal, este é o último post de 2008.
Analisando esse ano que está no fim, vejo que minha vida não mudou muito neste ano. Na verdade, sinto como se estivesse estagnado no tempo. Mas não culpo a nada nem a nínguem por ela estar desta forma. A culpa foi e é minha, que não fui atrás de tudo o que sempre quiz, que não mudei naquilo que não me agradava, que não fiz o que deveria ser feito.
Uma das piores sensações que podemos ter é a de ver o tempo passar, ou de ver o tempo que passou e que não soubemos aproveitar da melhor forma possível. Porém...
Reclamar do que passou também não surte muitos efeitos, então só nos resta olhar para frente, para os dias que virão, e desde já traçar as metas, reavaliar os sonhos, e procurar a melhor forma de consegui-los. Os meus sonhos a curto prazo só precisam de esforço, determinação, ação da minha parte para que eu os consiga. E é o que eu quero para o meu 2009: alcançar alguns sonhos que até então estiveram adormecidos, abandonados...
Mas, em 2008, tive a sorte, a graça de conhecer pessoas maravilhosas, de fortalecer amizades antigas, e tenho isso como o meu maior tesouro deste ano que está no fim.
Aqui pelo blog pude compartilhar alguns dramas (confesso que alguns deles criados por mim, por essa mente fértil que tenho), algumas alegrias, algumas idéias. Retomei um hábito do qual gosto muito que é a escrita, e como me fez bem retomar este blog.
Em 2009 quero manter este doce prazer que é escrever, quero conhecer novas pessoas, novas idéias e manter cada dia mais forte os laços de amizade que fiz por aqui, como por exemplo, com o Mau (exemplo de perseverança, de que tenho que correr atrás dos meus sonhos), o Will (meu psicológo que tanto gosto), o Marcos (que me deixou lisonjeado em indicar meu blog como uma boa leitura. Que responsabilidade viu, diante da posição que o blog dele ocupa na Blogosfera), o Fox, que eu estou aprendendo a respeitar (rs), a Camila Hardt (acho que é assim que escreve seu codinome) que também passou a fazer parte de minha lista de amigos e que eu adoro conversar, o Ricardo Aguieiras e seus comentários cheios de experiência, o escritor do blog Farelos e Sílabas, o qual não sei o nome, e que também nunca responde aos meus comentários, nem ao meu pedido para que ingresse no grupo de Amigos do Blog do meu msn, mas que escreve de forma poética e que admiro muito, e a todos os outros que volta e meia passam por aqui, para compartilhar dos meus Devanneios. Voltem sempre, mantenham contato, falem o que pensam e vamos fortalecer o que nasceu aqui.
Vocês foram importantes para mim em 2008 e serão muito mais em 2009!
Abraço a todos e aos interessados em fazer parte do meu mundo: COMENTEM!

Até 2009, galera!

P.S. Perdão se esqueci alguém!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Namastê


Estamos chegando ao Natal. Tempo de paz, de reconciliação, ao menos é o que pregam por aí. Nesta época de festejos natalinos, acontecem coisas interessantes, como por exemplo o Amigo Oculto, onde na maioria das vezes pessoas que passaram o ano te enchendo o saco, resolvem dar uma de bonzinhos e trocar presentes e votos de tudo de bom (verdadeiros?).
Confesso que mais uma vez não estou animado para o Natal. Este é o segundo que passo com meus pais separados, e minha relação com meu pai neste período só tem piorado. A família, no geral (tios, avós, primos, etc) em pé de guerra por causa de coisas fúteis, mãe que não sabe até onde se envolver na vida do filho, ex-genro lobo em pele de cordeiro, etc. Mas, vamos nos reunir neste circo de horrores, nos abraçar e trocar presentes do Amigo Oculto, fazer o que?
Sei que estes probleminhas nada são diante daqueles que passaram por aquela tragédia em Sta. Catarina ou que ainda estão passaando no Rio e em Minas. Ou ainda, a família da Isabela Nardone, ou do menino que morreu por causa de um tiro de policiais irresponsáveis que irão pagar com pena alternativa de alguns meses, em liberdade.
O que são nossos problemas, ou melhor os meus problemas, resolvidos com um bom diálogo, diante destes outros que foram citados?
Enfim, para mim, além destes problemas, esta época está servindo para uma redescoberta e reaproximação de Deus. Não o Deus pregado e aprisionado pelas religiões, mas o Deus que me ouve, o que me conforta e auxilia quando necessito. O que me dá forças para seguir em frente apesar de toda e qualquer dificuldade.
E uma palavra que tem feito parte de meus pensamentos ultimamente é a que coloquei como título deste post: NAMASTÊ, que significa: "O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em ti." É uma palavra oriunda do sânscrito e em alguns lugares da Ásia é seguida por uma reverência a pessoa a qual se dirige a saudação, o que demonstra o imeso respeito que se tem (ou que se deve ter) de uma pessoa para com o seu próximo.
Então, Namastê a você que ler este post. E que suas festas natalinas sejam repletas de mudanças positivas para você e para todos os que entrarem em contato com você. São os meus votos sinceros...

Abraço!


P.S. Ao lado, a foto de uma mulher fazendo o gesto Namastê, mãos
juntas, e uma reverência a pessoa à que se saúda.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A viagem!

Bem, a viagem foi inesquecível. Primeiro por ser a primeira vez que viajo para outro estado completamente sozinho. Segundo pelo motivo de ir ao Rio de Janeiro: os dois shows de Madonna naquela cidade.
Conheci pessoas maravilhosas nos 4 dias em que passei na cidade, amizades que com certeza irão perdurar. Apesar da chuva com a qual fui recebido e com a qual me despedi da cidade, a estadia foi perfeita. O Rio realmente é lindo, pena que não deu pra conhecer muita coisa por causa da chuva. Mas como o motivo principal era o show, com chuva ou sem chuva, ambos foram perfeitos.
Madonna super simpática no palco, super descontraída, mesmo no domingo, debaixo do "toró" que caiu naquela cidade, ela foi perfeita. Só indo a um show destes é que percebemos o quanto ela é perfeccionista. E o quão grandioso é um show de Madonna.
O show inteiro é muito bom, porém a hora mais esperada por mim foi quando ela cantou Like a Prayer. O público foi a loucura, e eu então. Pra mim, o momento mais forte do show. Se bem que houve tantos outros momentos fortes...e bonitos....difícil.
Enfim, foi perfeito. Por mim, iria nos 5 shows que ela vai fazer no Brasil, mas dou-me por satisfeito em ter ido a dois deles.
Voltei do Rio prometendo a mim mesmo e aquela cidade que lá voltaria, o mais rápido possível.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Triste (mas transformadora) conclusão.

Imaginem a cena: um grupo de pessoas sentadas em círculo, numa sala mal iluminada. Eu me levanto, e me apresento: Boa noite, meu nome é Jeffeson, eu sou um DESESPERADO! O grupo responde: Boa Noite, Jeffeson!
Cena engraçada. Mas diante de uma conversa reveladora com um amigo no MSN, ele deu o diagnóstico: Você está desesperado! E eu assumi: eu estou. 23 anos de idade e num desespero que me leva a acordar pela manhã, me arrumar para sair de casa e pensar: não posso sair assim, porque hoje posso encontrar alguém especial. No ônibus, na universidade, no trabalho, na rua, no shopping, ou seja, meu olhar para os outros é o olhar de um desesperado. E meu amigo me disse: Gente desesperada mostra isso na cara, e afasta as possibilidades. Pronto! Disse tudo. Eis a explicação que eu queria.
Então ele começou a pontuar algumas coisas que um desesperado faz, e eu achei que ele me acompanhava no dia-a-dia, porque falou exatamente as coisas que faço. Entre elas: Pare de ficar encarando os caras que cruzam contigo na rua, olhando nos olhos... Deixe olharem pra você!
Fiquei até com medo, ao ler isso. E a conversa fluiu, com uma série de conselhos que com certeza me fariam bem (ou fará) bem. Tais como: Coloque-se como, estou só porque eu me basto; É um exercício, comece comprando um livro para se distrair; Desvie seus pensamentos, homem não é tudo amigo; Transe sem compromisso, faça sexo sem querer compromisso; Você não precisa de ninguém pra ser feliz; Vai dar risada!; Não assista comédias românticas, assista terror, ação... Filme de mano! rs; Quando ver um bonitão sentado no ônibus, e tiver lugar sobrando ao lado dele, sente-se em outro lugar ou fique de pé (de costas para ele).
Enfim, acordei hoje para uma sessão de terapia intensa com meu psicológo. E foi bom.
Ás vezes é necessário que alguém verbalize aquilo que temos medo de assumir, para que assim possamos tomar alguma atitude, e acordar para a vida. A minha está passado de forma sem graça porque centrei parte dos meus esforços em atitudes desesperadas.
Deveria haver uma ONG, como o AA, ou a AMA, para ajudar os desesperados. Reuniões formais para compartilhar experiências e um ajudar o outro. Mas já que não há, se por aqui passar algum outro desesperado, podemos criar uma ONG virtual, e compartilhar experiências por MSN, e um ajudar o outro. Parece brincadeira, mas não é.
Acho que é hora de colocar os pés no chão, e centrar minha vida em outras coisas.
Ah, amigo, obrigado pela sessão. Te devo essa, psicólogo. rs.

Abraços a todos, desesperados ou não.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

E se fosse com você?


Segunda-feira foi o Dia Mundial de Combate a AIDS. Eu estive sem tempo para escrever, mas naquele dia refleti bastante sobre o assunto e lembrei-me de um episódio de uma série que estou assistindo e sobre a qual já tive vontade de escrever aqui, mas não tive oportunidade.
Em particular, um episódio chamou a minha atenção por ter mexido demais comigo. E levar-me a reflexão.
No referido capítulo, um dos personagens principais está apaixonado por um homem lindo, inteligente, carinhoso, atencioso, enfim, um verdadeiro príncipe, um gentleman. Na hora H, no momento de consumar toda aquela paixão que estava crescendo entre eles, o Princípe pede um instante e revela: Eu sou HIV Positivo.
Aquela revelação caiu como uma bomba para o personagem e para mim também. Como eu, como você reagiria se a pessoa que você acabou de conhecer, e vê que é tudo de bom pra você e pra sua vida, te revelasse antes de mais nada que tem o vírus HIV?
Fiquei perturbado demais com o que assisti. E percebi que as pessoas que adquiriram o vírus HIV ainda são vítimas do preconceito. Por isso, alguns preferem se esconder, temendo a reação das pessoas ao descobrirem isso.
A AIDS, o vírus HIV não escolhe as pessoas que irá infectar. Doentes ou não, essas pessoas continuam sendo seres humanos.
Apesar de ter esclarecimento quando a doença, ainda não consegui chegar a uma resposta sobre o questionamento que fiz acima. Não sei como eu reagiria diante de uma situação como a vivida pelo personagem da série.
Ah, para os curiosos de plantão, a série é Queer as Folk. Ia contar o que Michael fez no seriado, mas é melhor deixar aqueles que ainda não assistiram curiosos...

Abraços. E, respondam: o que você faria?

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Time Goes By So Slowly?


Hoje pensava a respeito do tempo. Nossa, ou estamos atarefados demais, e não dá pra ver ele passar ou realmente está passando rápido demais. Minhas memórias do ano que está acabando parecem flashs, tudo muito rápido, tudo muito louco.
Diante da rapidez com que as coisas acontecem, sinto-me desânimado em simplesmente esperar que pelos acontecimentos em minha vida (uma vez que alguns não dependem só de mim). Não nasci para esperar, preciso ver as coisas acontecerem e se possível, fazer as coisas acontecerem.
Falta de paciência? Talvez. Mas se o mundo está "correndo", preciso correr para acompanhá-lo também.
Daqui a pouco já estarei na minha formatura, no final de 2009. Sem meus colegas da faculdade que acabam primeiro que eu.
Durmo, e parece que só pisco os olhos, o dia já amanheceu e estou atrasado, todos os dias estou atrasado.
Depois de amanhã já é a formatura da minha mãe, que começou a faculdade depois de mim e vai acabar primeiro que eu.
Fazem 7 anos que terminei o Ensino Médio.
Faz um ano que meus pais estão separados.
Daqui a 15 dias, o a viagem que há alguns meses atrás eu achei que não ia dar certo, estará acontecendo: Rio de Janeiro, Show da Madonna.
Daqui a pouco mais de 15 dias minha amiga que mora no exterior há 6 meses já estará no Brasil para nos visitar. (Ela viajou "ontem"!!!!!)
Enfim, diante de tanta rapidez, eu me pergunto: Time goes by so slowly for those who wait???? Será mesmo Madonna que o tempo passa devagar para quem espera?
Bem, seja lá qual for a resposta, ainda amo Hung Up!

Abraços...


http://www.youtube.com/watch?v=pDlCymuf6xo

domingo, 23 de novembro de 2008

Um pouco do todo...

"Há sempre o dia de amar, mas vésperas não são possíveis." Renata Belmonte

Dizem que "águas passadas não movem moinho". Eu concordo com a frase, mas ás vezes nos deparamos com situações que inevitávelmente retornamos ao passado e constatamos que a vida já foi boa, mas que agora as coisas mudaram. Para uns, ficou melhor. Para outros, ficou pior.
Falo isso por causa da minha casa (a física) e por causa da minha família. Após a separação de meus pais, que já faz um ano, posso constatar que a minha residência, aquele lugar bonito, aconchegante, onde eu me sentia seguro e ás vezes, amendrontado, onde vivi ininterruptamente por 16 anos de minha vida, perdeu a sua força, perdeu a sua vitalidade: minha mãe. Parece que a casa sentiu também que a família que ali morou já não era mais a mesma e aos poucos começou a ruir....e hoje, já não a reconheço como a casa do meu passado. Sinto saudades, mas diante das situações que já vivemos ali (tema para outro post), o melhor foi feito. Toda vez que vou aquela casa onde meu pai ainda reside com um de meus irmãos, fico assim, nostálgico. Mas não há mais o que fazer.

Minha vida está se aquietando. Já não tenho mais ânimo para viver loucamente atrás de alguém que me faça feliz, porque na verdade, eu preciso estar feliz para que alguém apareça e complemente esta felicidade. E pensando nisso ontem, estive olhando um livro, onde contém um conto de uma escritora que já citei aqui no blog em outra ocasião, e que define exatamente o momento que estou vivendo. Renata Belmonte diz, no livro "Outras Moradas", com contos de alguns baianos: "Há sempre o dia de amar, mas vésperas não são possíveis." Eu acho que estava, ou estou tentando adiantar as coisas, forçando para que a vida me dê aquilo que tanto quero, quando na verdade não é a hora certa para que aconteça, e vou me ferindo com as vésperas corridas, mal arranjadas, que sempre acabam mal... Não digo com isso que vou viver a castidade agora até que encontre alguém legal pra ter algo sério. Mas, terei mais cuidado para não apressar o dia de amar, e deixar ele acontecer naturalmente.

Então eu vou cuidado da vida. No momento, cheguei na parte crucial de minha faculdade, a parte que tanto temi, mas que enfim chegou e de forma tranqüila: meu estágio. Espero que acabe da mesma forma que começou. E como prometido, vou sair pra comemorar ou melhor, adiar a comemoração por alguns dias. E aí vem outra coisa que estou aguardando ansiosamente: minha viagem para o Rio de Janeiro, por ocasão do show de Madonna!
Minha primeira viagem interestadual, sozinho. Medo... Um frio na barriga...Afinal, estou indo rumo ao desconhecido (e belo). Mas creio que vai dar tudo certo e após essa viagem estarão aqui algumas fotos e relatos desses 4 dias que prometem!!!!!

Agradeço a todos pelos comentários que me trazem tanta força, nos meus momentos "deprê". Sinto-me feliz e lisonjeado por ter pessoas tão maravilhosas que acompanham meus Devanneios.

domingo, 16 de novembro de 2008

Mais uma vez... Rejeitado.

Encontrar pessoas por site de relacionamento, ou salas de bate-papo configurou-se para mim em um erro e numa atitude de desespero. Parece que em minha cabeça, cada dia é uma chance de encontrar o grande amor de minha vida, e se eu ficar em casa, sem acessar a internet, sem procurar, ele poderá não me achar.

Mas com esses ambientes virtuais ás vezes vem surpresas boas, mas que no fim deixam marcas amargas. Ao me conhecer, disse logo que eu era igual ao que viu em fotos. Ok. Não iria e nem tinha porque mentir, mostra uma imagem que não era minha. Porém, logo de cara, já disse: só que na foto você era mais moreno.

Viagem, hospedagem, muita conversa, uma crítica ao meu andar, que segundo ele, parece-se com o do seu melhor amigo, que parece estar numa passarela. Não tem postura, anda encurvado. Já fiquei com um cachorro atrás da orelha.

A noite, num barzinho, numa cidade movimentada, águas termais, muita gente tomando banho, ele olhando sem parar para um cara da mesa vizinha. Disfarçava, olhava, virava o rosto...e assim ficou boa parte do tempo que ficamos na mesa. Não aguentei e perguntei o que ele tanto olhava? Interessou, vai atrás. Ele disse que não estava olhando pra nínguem.

A noite, no quarto do hotel, não estava para muita conversa e ele entrava e saía do quarto a todo momento, o que me irritou. Eu perguntei o que era que estava acontecendo, que ele entrava e saía toda hora. Eu sabia que estava de papo com o atendente do hotel que segundo ele era amigo, de outras vezes em que esteve lá. Tudo bem, não me importava com isso. Mas me deixasse assistir minha TV em paz. Daí começou a hora da verdade.

Primeiro ele disse que eu era ciumento e ele não gostava disso, e blah, blah, blah. Admiti: sou ciumento até certo ponto, e se a pessoa que está comigo está mais interessando em uma pessoa da mesa vizinha, que vá atrás. Melhor do que ficar humilhando quem está ao seu lado na mesa.

Disse não estar olhando, que foi impressão minha, não gostou do que falei pra ele ir atrás, e que ia verificar uma coisa, perceber uma coisa e depois a gente ia conversar.

Bem, se a conversa havia começado, ela ia terminar.

Forcei ele a dizer logo o que era que ele estava pensando, porque nós não tínhamos nada, não teria porque eu cobrar a ele nada, nem ele tampouco de mim.

E foi aí que veio o jorro: disse que eu havia dito a ele que era "na minha" e era discreto. Que era ativo. Mas que ele estava percebendo que havia algumas contradições, porque eu realmente era na minha, mas não era tão discreto assim, e que como a família dele acabou de saber da orientação dele, precisava encontrar alguém, mas que fosse igual a ele, discreto, ainda mais que o pai e o irmão não sabiam ainda, mas se esse alguem fosse eu, com certeza o pai e o irmão diriam logo que ele estaria tendo um "caso" comigo. E que ele achava que eu não era ativo/versátil porque eu não estava aparentando isso, e outras coisas mais.

Bem, a conversa toda na íntegra seria muito longa. Mas as palavras ainda giram em minha cabeça. Mais uma vez pensei ter encontrado a felicidade ao lado de algúem, mas ledo engano. Não nego que ele é uma pessoa maravilhosa. Mas retirei meu time de campo. Não quero ser empecilho na vida de nínguem, nem tampouco motivo de vergonha ou chacota.

Minha atitude foi somente acordar no outro dia, arrumar minhas coisas e voltar para minha cidade, enquanto que ele foi pra cidade vizinha, visitar amigos que até o dia anterior ele não iria visitar. Mas depois que eu falei em ir embora, ele resolveu ir. Ou seja, eu seria motivo de vergonha novamente. Compreendo-o. Mas a dor que eu sinto é incrível. Só tenho vontade de chorar quando lembro. Chorar pelo que? Pelo que ele disse? Pelo que ele é e eu não posso ter? Por mais uma vez ter acreditado em algo, e ver essa crença destruída?

Sou o gay mais idiota que existe, chego a ser ridículo ás vezes.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Sobre macarrões e relacionamentos.

Passeando num dos Blogs que adoro ler, o Passageiro do Mundo, encontrei um pensamento do escritor sobre um casal de amigos recente que ele conheceu, o qual ele descreveu como: eles formam um bonito casal, é mais uma prova de que pode existir amor e companheirismo entre dois homens.
Porque essa frase chamou a minha atenção? Parei para pensar, e cheguei a conclusão (triste conclusão) que não conheço nínguem nesta situação, vivendo juntos há anos, e sendo um "modelo", ou uma prova de que realmente pode haver amor, respeito e cumplicidade entre dois homens.
A verdade é que os relacionamentos hoje em dia podem ser classificados como Cup Noodles. Acrescenta-se uma água fervente no início (que na maioria das vezes se resume a sexo) e em três minutos está pronto (geralmente é o tempo que se leva para dizer: Estamos namorando). Só quê, assim como o dito macarrão instântaneo, que é produzido para alimentar rapidamente um esfomeado (agradeço aos japoneses, prováveis inventores desta maravilha), o relacionamento instântaneo na maioria das vezes também tem curta duração.
As pessoas hoje em dia não estão mais se importando em começar um relacionamento como era antigamente. Não procuram mais conhecer a pessoa, marcar alguns encontros, ir com calma, ir experimentando a relação, e analisando se há chances de dar certo. Acho que isso acontece por medo de demorar tempo demais e o outro colocar a "fila para andar". Hoje você sai para uma boate, um bar, conhece alguém interessante, por lá mesmo já troca uns beijinhos ou até algo mais quente que irá acabar na casa de um dos dois ou em um Motel. Muitas vezes, no outro dia, ou se encontrar o dito cujo uma outra vez, finge nem conhecer, ou cumprimenta friamente.
Eu adoro macarrão instântaneo, mas sei que devido a química que pode ter no tal tempero, pode me fazer mal a longo prazo, como tudo industrializado hoje em dia. Já vivi o relacionamento instântaneo, já provei dos efeitos devastadores.
Porém, hoje, creio que estou entrando numa fase onde será preferível esquentar a água, cozinhar o macarrão, preparar o molho, e comer uma bela macarronada, e se der, ainda guardar para comer mais um pouco mais tarde.
Houveram sortudos (ou habilidosos) que conseguiram fazer do macarrão instântaneo uma bela macarronada. Parabenizo-os por essa façanha.
Creio que o casal descrito por meu amigo do Blog "vizinho" cozinhou o macarrão, passando por todos os processos. Ou será que estou errado? O fato é que hoje eles podem aproveitar desta macarronada e ainda receber elogios públicos, o sonho de toda cozinheira (o)! (Risos)
Estou colocando a água para ferver. Na verdade, está faltando o macarrão ainda. Mas tem nada não. Eu coloco a fervura em "banho-maria"...

Abraços...



quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Eu te amo????

Ouvindo In My Arms, Kylie Minogue (só pra alegrar!)

Tudo bem: eu não era apaixonado por ele, não morri de amores. Admito. E estava superando bem o término do suposto "namoro". Mas qual não foi o meu choque ao ver, a pessoa que 15 dias atrás se declarava apaixonado por mim, que amava, que eu era a vida, NAMORANDO OUTRO CARINHA, e anunciando em msn, orkut a sua felicidade em estar com ele...?
Não, não pude aceitar. Amigos me perguntaram: mas você não disse que não gostava tanto assim dele? Realmente, não gostava. Mas o que eu senti foi orgulho ferido, foi ver que tão rápido ele se recuperou, e está muito bem, obrigado. Ah, precisei excluir de orkut (porque não aguentava toda vez que entrava ver as fotos atualizadas dele, com o novo cara, no fim de semana), e ainda tolero no msn, mas cada vez que leio no MSN dele: Tô muito feliz....Fim de semana perfeito, fico possesso.
Chego a conclusão desse episódio (porque realmente ele foi concluído, The End), com mais desconfiança ainda das coisas que as pessoas me dizem. Eu te amo? Você é minha vida? Isso existe mesmo? Porque sinceramente, ando com os dois pés atrás, não apenas um.
Tudo bem. Não quero aqui parecer a "puta arrependida". Eu queria mesmo que acabasse. Quero que ele seja feliz. Mas foi rápido. As pessoas não respeitam mais os mortos. Se com exatos 15 dias, o garoto já estava na cidade dele, passando o fim de semana com ele, é porque eles começaram o affair bem antes disso.
E eu idiota, com receio de acabar a relação, de machucar ele.
Mas aqui entra também uma reflexão quanto a uma frase que hoje está banalizada: Eu te amo. Quando é que você diz Eu te amo a alguém? Essa frase tem peso para você, ou não passa de algo que é da boca pra fora, sem importância?
Mas a vida continua. E e meus relacionamentos conturbados seguem. Prometo falar mais de outras coisas e deixar eles de lado daqui pra frente.
Abraços...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O que me dói?

11:00 da manhã, do último domingo. Primeira coisa que faço ao acordar: olhar o celular, para o caso de eventuais chamadas enquanto eu dormia, ou torpedos, ou simplesmente para ver as horas. No visor, duas mensagens recebidas e uma chamada não identificada, ás 3:00 da manhã. Olhando as mensagens por ordem de chegada, a primeira foi dele, e dizia: 

"Desculpa. Num sei o que o q aconteceu, talvez a distância... Sei lá, mas deixou de ser bom. Vamos dar um tempo..! Perdoe-me por qualquer falha. Gosto muito de você, tá.".

Mais uma lida, para absorver a informação, visto que assim que se acorda, o raciocínio ainda está meio lento. Confesso que diante da confusão que eu estava, em dias anteriores, a minha reação a esta mensagem foi agradecer a Deus por ter sido poupado de ter que acabar este "relacionamento", que desde o início estava naufragando. A segunda mensagem era da pessoa que eu amo realmente, mas que já deixou mais que claro  que de mim só quer a amizade, nada mais que a amizade (e isto me corrói por dentro, me transtorna, me enlouquece, porque o que sinto por ele não tem nome, mas todos os dias ele está em meus pensamentos, e nos sonhos mais loucos). Nesta mensagem pós-fim de relacionamento, havia:

"Amigo, vamos para o cinema a tarde? Qualquer coisa liga pra mim. Beijo."

Minha reação depois das duas mensagens? Levantar, ir direto para a TV, ligar o DVD, colocar o Confessions Tour, da Madonna, no volume alto, e tomar um banho, frio.

Aceitei o convite do meu "amor platônico", e fomos ao cinema, junto com uma amiga e um casal de amigos dele. O filme? Bem, por coincidência ou não, Noites de Tormenta, com Diane Lane e Richard Gere. Um filme sobre pessoas confusas que vêem suas vidas esbarrarem uma na outra por causa de um furacão. Um filme que realmente vale a pena. Adorei.

Assistimos o filme, ele do meu lado, partilhando da minha pipoca, do meu refrigerante, falando quase ao meu ouvido. Em determinado momento, chorar era inevitável por causa da história, por causa da minha confusão... E diante de minhas lágrimas, ele segurou minha mão até o filme acabar.

Após o filme, um passeio pelo shopping, olhando livros, utensílios domésticos, sonhando quando cada um tiver a sua casa. Nessas conversas, saía algumas frases tipo: Olha amigo, na nossa casa vai ter um desses... E eu ficava pensando: Nossa casa? Nossa, ele na dele e eu na minha, ou nossa, eu e ele juntos? 

Após esta tarde, não esperava, mas no fim da noite, quando ele chegou em casa, mandou outra mensagem dizendo: 

"Amigo, que bom que você foi. Fica bem. Eu sei que essas coisas machucam, mas passam. Começo a  pensar que tudo é uma ilusão...Beijo.

Diante desta mensagem, recordei-me do poema de um dos heterônimos de Fernando Pessoa que diz:

O que me dói não é
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão…

São as formas sem forma
Que passam sem que a dor
As possa conhecer
Ou as sonhar o amor.

São como se a tristeza
Fosse árvore e, uma a uma,
Caíssem suas folhas
Entre o vestígio e a bruma.

Enfim, o meu amor é real. Porém, não há esperanças que ele se concretize. O sonho permanece. Não sei até quando... Queria poder dizer a ele o que Celine Dion canta em I Want To Need Me. Vejam, ouçam e procurem a tradução... E concordem ou discordem de mim.

http://br.youtube.com/watch?v=fg1hXQiIQWI

Ah, e vejam o trailer do filme, porque este com certeza vale a pena!!! Noites de Tormenta

http://br.youtube.com/watch?v=R7s2ihrT2Kg

Abraços...



sábado, 18 de outubro de 2008

Caminhando para o fim.

Ouvindo Leona Lewis, Bleeding Love.

Acabei de crer que há algum problema comigo. Sou emocionalmente perturbado. Dizem que quando cometemos o mesmo erro por vezes repetidas, isso é burrice. E eu cometi novamente. Pela terceira vez.

Comecei a namorar (se é que posso chamar de namoro conhecer uma pessoa num dia, e no outro estar namorando) e agora vejo que foi um erro. Pior: ele diz estar gostando. Mas eu não tenho ânimo mais. A distância entre nós, o fato de nos vermos apenas em fins de semana, passando na maior parte das vezes apenas algumas horas juntos durante um domingo, esperando para falar frivolidades no MSN, ou aguardando um SMS que não vem... Definitivamente eu não quero isso pra mim, mas a culpa é minha. É minha por ter aceitado levar isso a frente mesmo sabendo que as chances de que com o tempo eu me descontentasse com a situação eram grandes. 

A verdade é que estamos caminhando para o fim. Fim do que? Pra ele, do namoro. Pra mim...nem sei do que. Continuarei amigo, sim. Não tenho porque me afastar mais, vamos nos falar no MSN, orkut, o que for. Mas não é justo empatar alguém de realmente ser feliz. De encontrar alguém que dê a ele todo o amor que ele quer e que possa retribuir a ele todo o carinho que ele possa dar.

Daniela diz: "Sou ariano torto, vivo de amor profundo". Essa frase diz exatamente quem sou eu. E após este fim que ainda não é oficial, porque o mesmo necessita saber e eu não sei como dizer, eu vou ficar só. E a palavra NAMORO comigo, daqui pra frente, será utilizada só e somente só na hora certa. Não vou deixar que ela saia da boca de outra pessoa e eu aceite passivamente. Não. Este erro eu não posso cometer mais.

Quanto ao conselho recebido de que se a pessoa gosta de mim, eu devo ficar com ele, porque ultimamente estão muito difícil encontrar alguem assim, comigo não se aplica. Numa relação não importa apenas que um esteja bem, mas ambos estejam bem. E eu, definitivamente, não estou bem. Algo me incomoda. Portanto, ficar só é melhor do que estar sendo acompanhante de alguém e não ter companhia alguma.

J.M

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A confusão - parte 2


Ouvindo Down to Earth, novo e maravilhoso disco de Jem (Acabei de descobrir).

A confusão continua. E eu acho que sei qual o motivo: a maldita da comparação. Justo agora que comecei a namorar, a amizade com aquele carinha citado em alguns posts anteriores que continua sendo o meu modelo de pessoa perfeita, para casar e viver toda a vida ao lado, voltou ás boas. Falando no msn sempre, trocando mensagens, vendo DVD juntos, marcando de sair e tal. Eu tento, juro que eu tento ver ele apenas como um amigo e seguir o meu caminho. Mas meu Deus, como é difícil.

Conversava com ele sobre Sex and the city, ele falou que nunca tinha visto, então emprestei a ele a série e tinha certeza que adoraria. Dito e feito: ele adorou. Ultimamente estou a caça de "novas" cantoras ou cantores, para mudar um pouco o repertório de minha vida, e quando ouço alguém que realmente vale a pena, mando pra ele, e ele fica louco, perguntando porque faço isso com ele, mandando essas músicas lindas. Sei do que ele gosta, sei o que eu quero. Ele atende as "exigências". Ele, mesmo com os defeitos, era o que eu queria para mim. MAS JÁ ESTÁ MAIS DO QUE CLARO, NÃO PASSARÁ DE AMIZADE!!!!!!!!

Em post anterior, falava do suposto namoro dele com um carinha que, Deus me perdoe, mas é... Prefiro não comentar. Com certeza tem os atrativos dele e eu não posso aqui ficar julgando. Tudo bem, a minha amizade com ele voltou ao normal, mas não posso ainda me sujeitar a sair acompanhado deles dois. Não consigo, não desce, não dá para fingir amizade com o carinha que está namorando com ele, e que agora finalmente ele assumiu. Tenho nojo de ver eles dois juntos, com aquele carinho de namorados. Ele merecia coisa melhor, ainda que não fosse eu.

Enfim, recusei, escapei por pouco de sair no fim de semana acompanhado do casal. Já que o meu namorado não pode vir este fim de semana estar comigo. Diante de toda esta confusão, fico cheio de raiva de mim. Porque eu não posso estar bem com o cara que está comigo agora, e que parece de fato gostar de mim, e está disposto a ficar comigo? Porque eu sou tão confuso?

Eu não sei o que fazer. Realmente, eu não sei.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Confusão...

Ando confuso. Mudei muito nos últimos anos. Antes eu era a ansiedade em pessoa, louco por encontrar alguém para poder namorar, para poder dizer que EU TENHO UM NAMORADO. Hoje que tenho, ando confuso se é isso realmente que eu quero. A verdade é que tenho medo de quem vai com muita sede ao pote, e que diz que sou a razão de viver, a fonte de alegria, que me AMA, nos primeiros 15 dias de conhecimento, (nem digo mais de relacionamento). É muita responsabilidade. Sinto vontade de fugir. Fico PUTO da vida com essa dualidade que há em mim, onde não quero ficar só, mas ao mesmo tempo não consigo estar bem com tanto sentimento que cai sobre mim como uma avalanche. Sem contar que o dito namoro é a distância, onde só vejo a pessoa de 08 em 08 dias, se não ocorrer nada extraordinário (como as últimas eleições, quando tive que viajar), ou então doença, que é o que está ocorrendo esta semana e que provavelmente acarretará em não o ver novamente neste fim de semana. Nisso, eu me distancio. Sem querer, mas acaba acontecendo, sinto meu sentimento que já não é muito ir se distanciando de mim. Na minha concepção, no início de um namoro, a presença da pessoa é fundamental, afinal estamos nos conhecendo, sabendo mais um do outro. Como é possível isso a distância?

Não me fale de telefone, de internet, porque não é a mesma coisa do que ter a pessoa do seu lado, de pode conversar, ver as reações, as expressões faciais, o jeito. Não, definitivamente não é. Se o que ocorresse fosse a pessoa depois de um tempo ter que se mudar, e o namoro permanecer a distância, até poderia dar certo uma vez que você já o conhece e sabe que o quer. Mas neste caso, está complicado.

Ele me disse EU TE AMO, com menos de 1 mês de namoro. Sinceramente, eu não retribui, e ainda não consigo fazer isso. Não quero dizer só porque ele me disse. Não é justo comigo e tampouco com ele. 

Não sei o que fazer. Quando a coisa vai ficando assim, tenho vontade de terminar, de não dar continuidade. Seria medo? Seria insegurança minha? Devo manter esse relacionamento pra ver no que vai dar? Não sei o que fazer.

Eu estou confuso, meus ponteiros estão marcando horas erradas, meu mundo está girando contra a rotação, sentido anti-horário, estou no olho de um furacão sentimental, e neste momento que tenho vontade de jogar tudo pro alto e deixar que o vento leve tudo pra longe de mim, talvez até me leve.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Paternidade


Ultimamente, tenho pensado muito na minha vida familiar, ou melhor, tenho recordado muitos momentos bons que tive com minha família em anos passados.

Após a separação de meus pais, eu achei que estaria apoiando o melhor para todos nós. Mas confesso que sinto saudades de muitos dos momentos que nós: eu, minha mãe, meu pai, meu irmão, e um pouco mais tarde, meu segundo irmão, fora momentos impares. Na verdade, toda essa saudade do passado surgiu com o afastamento de meu pai nos ultimos meses.

Após a separação eu prometi continuar um filho presente, porém, minha ligação com minha mãe é muito mais forte. Me questiono: minha relação com ele não será reflexo de tentativas frustadas de aproximação do mesmo no passado? Nas inúmeras vezes em que este me convidou para viajar com ele, mas que recusei terminantemente porque não conseguia ficar sem minha mãe. Recordo os presentes que ele dava a mim e meu irmão,  nossas viagens para praia nas férias, ao almoços de domingo em casa, família reunida, um churrasquinho só pra gente, muitas risadas após o almoço... Recordo também as broncas, as brigas...

Na verdade, analisando hoje a vida desta pessoa que não deixa de ser importante na minha, vejo o quanto ele regrediu, o quanto perdeu o seu brilho e deixou que isso influenciasse na nossa família, culminando no fim da mesma. Uma pessoa vaidosa, com sonhos, que foi caíndo após perder o emprego...acabando com aquilo o que conquistou ao longo dos anos através do vício da bebida... e no fim, acabando "só",  entre aspas porque  um dos filhos muito ligado a ele, ainda permanece como um presente de Deus para acompanhá-lo enquanto os outros dois estão longe, no sentido literal da palavra. 

Sim, eu queria que a relação com meu pai fosse diferente, mas o passar do anos, seu trabalho fora, as brigas por causa da bebida, as ofensas ditas neste estado de embriaguez marcaram, e fundo. Mas hoje vejo que as alegrias que passamos juntos superam isso. E sinto, no fundo, que o amo...

J.M.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Estou de volta pro meu aconchego...

Peço primeiramente desculpas aqueles que gostam de ler o que escrevo. Sumi por uns dias não, por muito tempo e confesso: já não aguentava mais ficar sem escrever. Que falta me fez...
Mas é que tantas coisas foram acontecendo e a falta de tempo me consumindo, que tive que escolher o que fazer primeiro. Me perdoem...
Aos curiosos sobre o que aconteceu, algumas explicações:
1 - Estou acabando meu curso na Universidade e preciso criar o meu projeto de estágio, que já estou fazendo...
2 - O semestre da Universidade estava acabando, então foi uma avalanche de provas, seminários, artigos, etc... Enfim, acabou, graças a DEUS!
3 - Madonna enfim retorna ao Brasil e eu, como bom fã não poderia deixar de correr atrás no meio de toda aquela loucura que foi a compra dos ingressos, para garantir o meu. No meu caso, foi ainda pior, porque morando na Bahia, só me restavam duas opções: internet ou call center. Na net a experiência foi traumatizante. Mas consegui um ingresso pelo Call Center, porém só comemoro quando eu estiver com ele em minhas mãos.
4 - O coração estava descansando e sendo arrumado para a chegada de uma nova pessoa. E parece que enfim chegou. Ainda está trazendo a mudança...colocando seus pertences no novo lar...mas tudo indica que veio pra ficar...Pelo menos é o que espero.

Enfim, prometo não mais abandonar a meu adorado blog por tanto tempo.

Abraços a todos...

J.M.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Memé Literário

Meme enviado pela Camila Hardt, do blog O triâgulo das bermudas. A princípio não entendi direito, mas entrei no espírito da brincadeira.

"Minha resposta é como se eu dissesse: 'Desculpe, assim não dá para conversar."
A casa dos budas ditosos, de João Ubaldo Ribeiro, Coleção Plenos Pecados, Ed. Objetiva.



Eis o desafio:1. Pegar o livro mais próximo.

2. Abri-lo na página 161.

3. Procurar a 5ª frase completa.

4. Postar a frase no blog.

5. Não escolher a melhor frase nem o melhor livro, usar o mais próximo.

6. Repassar o desafio para cinco blogs.



Meus blogs são: Cansado da Guerra, O longo dia acabou, Sexy and the pride, 3 sem tirar, Avessos. Vejamos no que vai dar....rs

Abraço.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Vou deixar a rua me levar...

Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite, canta Lulu Santos. Na verdade, eu sempre espero alguma coisa de todos os dias da semana, da vida em si. Após um sábado estressante, tudo o que eu queria mesmo era sair, encontrar os amigos, conversar, dar risadas. Só isso. Negar que esperava encontrar, enfim, alguém, não nego. Adoro paquerar...flertar, trocar olhares...Estava doido por isso.
01:30 da manhã. Perdi dois ingressos que ganhei para uma peça teatral, porque não queria ir só, e aqueles que convidei para me acompanhar estava ou com mal-estar, ou ia jantar com o namorado e a família, ou tinha outro compromisso; Quem ia sair comigo, para uma balada, acabou dentro de minha casa, dando um verdadeiro show numa briga colossal com a namorada, a qual eu tive que apartar e testemunhar o fim da relação ali, diante de meus olhos. Depois de tudo isso, onde ainda ponderei sobre a possibilidade de sair sozinho mesmo, após tomar duas canecas de café, sem tomar banho, totalmente largado, optei por ficar vendo Sex and the City, e acabei caindo na real: eu estava só. Eu estou só.
Por incrível que pareça, os episódios que vi da série, naquela madrugada de domingo, foi o que me levou a esta consciência da solidão.
Num diálogo entre as personagens Charlotte e Carrie, onde a segunda falava de um flerte com um escritor, o diálogo acabou da seguinte da forma:
*****
Charlotte - A questão é: há coisas que as pessoas não admitem porque não gostam do jeito como soam. É como: "estou me divorciando".
Carrie - Estou sozinha. Estou... (pausa). A solidão é palpável.
*****
Nossa! Foi como se eu estivesse dentro daquele seriado naquele momento. A solidão para mim também era e é, por vezes, palpável. E num outro momento, a personagem Miranda diz a Carrie: "Pare de procurar o homem ideal e fique com um legal." Será que está aí o meu erro? Procurar o ideal, o que atende ao que sempre busquei num cara e não permitir que alguém que não faz o meu "estilo" se aproxime e me faça feliz? Será que escolho demais? Não. Definitivamente não é isso. Claro que não vou sair e me atracar com o primeiro cara que me olhar e me der um sorriso. Mas para que aconteça algo entre duas pessoas é necessário que exista uma atração de ambas as partes. Ao menos, eu penso assim.
E ultimamente, isto não tem acontecido comigo. Cansei de relacionamentos efêmeros, superficiais. Eu quero é sentir as pernas tremerem quando ver a pessoa que amo, é sentir o coração disparar e um calor tomar conta de meu corpo. As mãos suarem. Poder dorir agarradinho sentindo seu cheiro, seu corpo, poder ouvir sua voz ao telefone, poder ir ao cinema, ao teatro, ou simplesmente sair para comer algo,viajar, ficar em casa, vendo TV. Só quero isso. Eu quero AMAR!
Enquanto isso não acontece, melhor continuar vendo Sexy and the City. E tentar pôr em prática o que canta Maria Bethânia, Ana Carolina: Não viver como alguém que só espera um novo amor, porque é fato: há outras coisas no caminho onde eu vou.

Abraços...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Não olhe pra trás!



"Nascemos todos os dias quando nasce o sol. Começa hoje mesmo a vida que resta."
Lygia Fagundes Telles, em sua obra Ciranda de Pedra.
Sempre adorei essa frase, da personagem Vírginia, no livro Ciranda de Pedra. Fiz questão de interiorizá-la, não somente memorizar. E sempre que os momentos difíceis se apresentam, penso nela. Recomeçar. Todos os dias, a cada dia, novas chances, novos risos, novas dores. O início de mais uma etapa.
É assim que sinto, após ter que "matar" o sentimento por uma pessoa. Tendo que recomeçar. Limpar a casa, retirar as tralhas, por o lixo pra fora, mudar alguns móveis de lugar. Abrir as janelas e deixar o sol entrar, invadir as arestas, trazer mais luz. E arrumar o ambiente para a possível chegada de uma visita, que pode ser rápida, ou que pode ir ficando, ficando, até conquistar o direito de ali morar. E trazer suas particularidades para a nova moradia, deixando-a melhor do que era.
É preciso estar bem enquanto o coração permanece em "stand by". É o momento para analisar a vida, os caminhos a serem tomados, quem fica, quem precisa sair porque está atrapalhando sua evolução como ser humano... É hora de cultivar o amor-próprio, arrancar as folhas amarelas, regar, podar, colocar um pouco de adubo...e deixar o ciclo natural da vida fazer a sua parte.
Ás vezes os problemas não existem. Nós é que somos apressados, na maioria das vezes, e acabamos atribuindo importância demais a pequenos fatos de nossas vidas.
Este post foi escrito ao som de uma música que fala perfeitamente disso! Não Olhe Pra Trás, de Capital Inicial. Segue alguns trechos:

Nem tudo é como você quer
Nem tudo pode ser perfeito
Pode ser fácil se você
Ver o mundo de outro jeito (...)



Se não faz sentido
Discorde comigo
Não é nada demais
São águas passadas
Escolha uma estrada
E não olhe
Não olhe pra trás



Você quer encontrar a solução
Sem ter nenhum problema
Insistir em se preocupar demais
Cada escolha é um dilema (...)

E para quem quiser ver o vídeoclipe da música, aqui está o link: http://br.youtube.com/watch?v=iAccWyWIKn8.

Abraços a meus amigos leitores!!!

sábado, 26 de julho de 2008


Abandonar, ás vezes, é a melhor forma de preservar um amor." Renata Belmonte, escritora
Post escrito ao som de "O que me importa", de Marisa Monte


Esta frase é o que define melhor o que estou fazendo no momento. Abandonando um amor que sempre foi impossível, mas que mantive pendurado num tênue fio de esperança ao longo 3 anos. Um de meus erros.
Ele sempre deixou claro que de mim só queria a amizade, a qual sempre disse ser muito importante. E eu ofereci mais do que o meu Eu Amigo. Me ofereci por inteiro, estava sempre disposto a subir do posto de amigo para amante, bastava ele querer. Mas isso não aconteceu.
Pelo contrário, veio a difícil confirmação de que eu nunca teria o seu amor. Não como eu queria. Ele está envolvido com uma pessoa que se parece comigo. Sinceramente, até o considero pior do que eu, numa perspectiva estética: desleixado, na concepção de algumas pessoas feio exteriormente, sem atrativos exteriores, além de fazer o mesmo curso que eu na Universidade. E o questionamento: o que ele tem, que eu não tenho? Porém, me venceu. Está com aquele que amo.
Senti cíumes, me afastei, sumi sem dar explicações. E a indagação veio: o que houve? Onde eu estava? Não aguentei e falei tudo novamente. Tudo o que sinto. E o balde de água vindo diretamente das águas dos mares glaciais caiu em cima de mim prontamente: "achei que você tinha entendido da última vez que falamos deste assunto. Escolher alguem para namorar não é algo racional. Não me culpe." Me iludi, enganei meu coração com aqueles beijos no rosto, com os torpedos dizendo que sentia minha falta, com os abraços mais ternos e cheio de sentimento que já recebi na vida. E ainda ganhei de brinde a resposta para outra indagação: "não olho a beleza das pessoas. achei que você soubesse disso." Belo tapa na cara. A sensação que tive ao ler isso, num torpedo SMS, era que um buraco se abria sob meus pés, e queda livre.
Então, creio que depois dos fatos e dos ditos, não me resta opção a não ser abandonar este amor, para que talvez fique a amizade. Uma amiga acha que nem a amizade devo manter, mas ele como amigo é uma ótima pessoa. Porém, não sei se meu coração suportará viver com ele e o novo affair. Pedi um tempo para retomar esta amizade. Preciso curar esta ferida que eu mesmo abri. E decidir se realmente tenho condições de retomá-la. Afinal, creio que não tenho vocação para masoquista.
Abraços...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

A hora certa.

Lendo um post no Blog de um "amigo recente" (rs) onde ele descreveu como contou a sua mãe sobre sua homossexualidade, me veio uma pergunta: quando é a hora de contar para aqueles que você ama, principalmente família, que você é homossexual? Que você gosta de homem e pensa em formar o seu futuro ao lado de um?
Há três, quatro anos atrás, foi necessário para mim romper com a Igreja Católica, com seus dogmas, preceitos, para que eu pudesse tentar ser feliz, sem culpa, e vivendo o que eu sempre senti em mim que era o desejo por outros carinhas. Isso é um tópico para outro post que vou escrever em breve, que é a minha questão entre homossexualidade e religião.
De lá pra cá, minha vida melhorou em alguns aspectos. Hoje me divirto mais, tenho mais abertura com meus amigos, por não precisar mais fingir ser um machão, que quer casar com uma mulher e ter lindos filhos. Os meus AMIGOS sabem de minha orientação. E por serem meus AMIGOS, me aceitaram e continuam me amando como antes, talvez até mais.
Mas, mesmo tendo o apoio deles, falta o apoio de minha família. Não digo nem tanto os parentes: avós, tios, primos...mas minha família. Os que me viram crescer, que estiveram comigo em todos os momentos, quase todos os dias de minha vida. Meu pai, minha mãe, meus irmãos.
Nesta caminhada de aceitação, meu irmão do meio, o que veio logo depois de mim, acabou sendo informado (por mim mesmo) de minha orientação. E sinceramente, acho até (ou tenho certeza, mas não tô querendo aceitar, não sei porque...rsrsrsrsrs) que ele também é gay. Bem, a reação dele foi a que eu esperava. Não disse que estava bom, nem que estava ruim. Apenas aceitou, e não se manifesta a este respeito. Me respeita! Acho até que nossa relação melhorou depois que assumi para ele minha homossexualidade.
Hoje, moro com ele. E a figura mais importante de minha vida dorme alguns dias conosco, aqui em nossa casa: minha mãe. Figura doce, divertida, cuidadosa, uma leoa quando o assunto é proteger suas crias. Após a separação de meu pai, nós nos aproximamos muito. E foram inúmeras as vezes em que pensei em sentar e contar a ela o que na verdade ela já sabe: que seu filho mais velho é gay.
Minha mãe é uma pessoa de cabeça aberta. Apesar disso, é influenciável pelo que as irmãs e mãe diz. Mas agora, que ela passa mais tempo conosco, compartilhando da vida de seus filhos já crescidos, esse desejo de contar a ela que sou gay passa inúmeras vezes por minha cabeça. Tudo o que eu mais queria era apenas a aceitação dela, ouvir dela que posso contar com seu ombro sempre que precisar, que seu amor é incondicional. Desconfiar ela com certeza desconfia. Afinal, porque seu filho que não tem namorada guardaria em casa lubrificante e camisinhas? Ela já viu, mas fingiu não ver...
Enfim, quando é o momento certo de dizer pra quem você ama sua orientação sexual? Quando conseguirmos independêcia financeira? Quando encontrarmos alguém especial que esteja do nosso lado para nos apoiar? Depois de levar um fora homérico de alguem que gostamos???
Quando???
Estou aguardando partilha desse momento, pra quem lê meus devanneios. Já contou? Pensa em contar? Se contou, como foi???
Abração.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Devaneios

A correria do dia-a-dia, tão falada por todos e tida como vilã, para outros caí como uma luva. É tão bom estar com a mente ocupada. Pode parecer uma forma de fugir dos problemas, de problemas que na maioria das vezes, nós é que criamos.

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A melhor coisa para você esquecer pessoas que o machucam, e estar com a família que nos foi permitido escolher: OS AMIGOS. Foram a minha força neste momento de transição, de abstração de coisas e pessoas que não estavam me fazendo bem. O processo é lento, mas eles, os amigos, são pacientes e estão ao meu lado.

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Esse conselho de que para encontrar um amor, é necessário não procurá-lo, está começando a fazer sentido pra mim. Afinal, do que adianta tentar forçar o destino? Estou deixando as coisas acontecerem... Estou sofrendo, na verdade, porque nada está acontecendo. Mas tenho esperanças de que isto há de mudar.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O tempo não pára!

Um SMS, e a confirmação de que estava se sentindo só. Foi assim que o meu ex voltou atrás de mim, pedindo pra voltar, se dizendo arrependido do que me fez. Mexeu comigo, dei esperanças, muito levemente....e falei que esta não é a melhor forma de reatar um "namoro", por torpedos. E o papo fluiu até que algo no fundo começou a me incomodar.
Fazendo uma restrospectiva: O conheci em novembro, e até dezembro, pouco antes das festas natalinas, tínhamos nos visto 2 vezes apenas, mas conversado muito por telefone e SMS. Isto porque ele não mora aqui, na mesma cidade que eu. Janeiro, com a perspectiva de um trabalho que começou no Natal (o que fez com que eu não o visse nas festas), ele me disse que não poderia vir me ver em Janeiro. Entendi, muito a contra-gosto, mas ele disse que o trabalho acabaria no fim de janeiro. Chegou o prazo e disse que a patroa pediu para que ficasse até depois do carnaval. Pirei, mas aceitei, e claro, e cobrei! Fevereiro, fim das festas carnavalescas. O primeiro fim de semana após sair do trabalho, não veio, porque a mãe adoeceu. Segundo fim de semana após sair do trabalho não poderia vir porque a mãe viajaria e ele iria junto. E EU, ONDE FICO NISSO TUDO?
Me pediu um tempo para pensar na viagem, e o idiota deu, na esperança que ele retornasse e viesse enfim matar as saudades. Pois quando voltou, foi para terminar, através de um SMS, com a desculpa de que não conseguia ficar com alguem por muito tempo, que precisava pensar, que eu pressionei demais.
Enfim, sofri! Mas coloquei ele de escanteio, e resolvi recomeçar, tentar encontrar um outro alguém para algo que valesse a pena. Não encontrei. Porém, até então, conheci outros caras, fiz outras amizades, e dei continuidade a minha vida. Até a manhã do fatídico dia de julho, em que ele, que não falava comigo, não respondia meus torpedos quando ás vezes a saudade batia, ou se respondesse, me deixava falando sozinho e nao respondia mais, voltou do nada. Com a desculpa de que se sentia só, precisava conversar com alguém (?) e tal. Papo vai, papo vem. Confessou estar arrependido do que me fez, que sentiu minha falta todo o tempo, que não ficou com mais nínguem (kkkkkkkkkkkkkkk) e que me queria de volta.
Mexeu comigo. Me desestabilizou. Pensei em voltar. Mas depois de alguns dias falando por SMS, descobri que o algo que me incomodava era o meu orgulho ferido. Foi o sofrimento que ele me causou. Foi a covardia em terminar por SMS. Foi a frieza a meus apelos. Foi a insebilidade.
Não voltei. Dei razão a meu coração no momento, que dizia que antes estar só, do que viver na expectativa de ser largado novamente. Expus o que sentia. E ele me falou de crueldade, de nem ao menos tentar, de estar sofrendo. E EU, QUANDO PASSEI PELO MESMO?
Optei por mim, pelo meu amor próprio, pela minha vida. Ás vezes, precisamos deixar o nosso ego falar mais alto.
Que você pense no outro quando ele não mais te interessar, afinal, é um ser humano. Tem coração e sentimentos. E você pode voltar atrás um dia, e ser tarde demais. Ou, para quem estiver na outra posição, avalie seriamente se esta é a melhor decisão a tomar, e se isto o (a) faz feliz. Dê ouvidos ao seu coração.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Porque não eu?


“Quem está com você?”. Essa pergunta ansiava na verdade por uma resposta que não veio.
“Um amigo”. Você sabia, sim, que não era droga de amigo nenhum. Sabia que havia um envolvimento ali e que havia também o desejo de não ferir o coitado que o adorava, que faria tudo para estar no lugar deste “amigo”.
A historia se passou com uma visita surpresa, e a demora de atender a campainha, coisa que você sabe ser anormal. E o nervoso disfarçado, tentando fugir do óbvio. Mas você tinha certeza que estava acontecendo algo, porém foi covarde e fugiu do convite para adentrar o espaço e ver, com seus próprios olhos, quem estava ali, quem era o amigo, e confirmar se realmente não passava de laços de amizade. Não te confirmou as suspeitas se era ou não quem você pensava. Apenas se calou, o que já era uma resposta clara e evidente.
Sua atitude? Ir embora, com raiva, desiludido, sonhando que aquilo fosse realmente coisa da sua cabeça e que ele estivesse realmente com um amigo e nada mais. Afinal, tinha pouco tempo que ele, o cara que você tanto queria pra você e que te relegou ao posto de amigo, de confidente, sabendo que você o amava como homem, acima da amizade, tinha acabado de sair de um relacionamento sério. Essa crença foi o que fez você continuar bem, até hoje.
Uma semana depois. Ponto de ônibus. O dito que você acha que está com ele, está alguns centímentros atrás de você. E você, claro, nem consegue olhar na cara da criaturinha, pequeno, franzino, e sinceramente, sem nada que de cara poderia atraí-lo, por isso você prefere acreditar que nada está acontecendo entre os dois. Mas, junto com a chuva, com o frio, vem a confirmação funesta: aquele que você sempre quis, chega. Com ares de intimidade, com cobranças bobas, típicas de casalzinho recente. E não percebeu (ou fingiu) que você não estava ali, logo um pouco a frente, de costas. Você sabe que ele o viu. Você sentiu. E seu constrangimento foi tal, que buraco se abriu sob seus pés, e com o mundo chuvoso e escuro a sua volta, sua única atitude foi sair daquele lugar, se afastar deles, chovendo ou não, mas ir para longe, ir em busca de consolo, de alguém que pudesse ouvir de você a confirmação bombástica e que compartilhasse da mesma opinião que você: aquele não é homem para ele. Porque não eu? O que ele tem que eu não tenho? Mais inteligente? Mais carinhoso? Mais homem? Mais amante? Mais o que? Bonito, com certeza não é. E o que mais te revolta é que você e o cara que está ocupando o lugar que você sempre quis tem muitas coisas em comum. Isto é o que te revolta. É o que te deixa sem chão, sem compreender quais os critérios dele para estar com esta pessoa.
E agora? O que fazer? Continuar mantendo essa paixão idiota, sem fundamento? Continuar mantendo um fio de esperança de que um dia, talvez quando ele enfim estiver barrigudo e careca (o que não vai demorar), ele perceba que você realmente o desejou, e faria tudo para ser feliz com ele, o procure? Ou renegar este sentimento, matar o desejo, e crer que no mundo existem pessoas melhores que ele, e que poderão te dar valor?

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Mesmo que seja eu...

Ouvindo Ney Matrogrosso, cantando Mesmo que seja eu de Erasmo e Roberto, vou me despedindo destes dias de reclusão. Me despedindo das festas juninas. Dos meus pensamentos loucos, da solidão, da tristeza.

E vou retomando minha vida. Esse tempo para mim foi ótimo. Pude reavaliar minha vida e ver que estou errando...é fato.

Chega de Bate-Papo Virtual....chega de sites de relacionamento. Meu Deus, parece que estava alucinado por encontrar alguém... Confesso: estava mesmo! Desesperado.

Mas "pera aí": tenho 23 anos, to no auge da idade, tenho muita coisa para viver (eu espero!!!!) e muita gente pra conhecer. Porque este desespero? Então CHEGA! É hora de dar um basta nesta vida vadia que ando levando...e cuidar de coisas mais importantes e mais interessantes.

Afinal, num site de relacionamento o que se vê? Corpos maravilhosos, que na verdade só servem para nos deixar com um sentimento de inferioridade, muito pau, muita bunda, e sempre a repetição das mesmas coisas: não curto afeminados, homens com jeito de homem, voz de homem, que se vista como homem e que esteja a fim de sexo sem compromisso. Alguns, ainda dizem que se rolar algo mais sério, topam. Porém, seja um Super Homem! Lindo, macho, viril, que além de tudo na sua maioria ainda seja passivão. Eles sonham neh? Acho que por isso ficam a vida toda nestes sites.

Se é no bate papo, o roteiro não muda muito não. Homens lindos afim de sexo apenas. Sexo, sexo, sexo.

Cada dia que passa me convenço mais que o ser humano está voltando a época das cavernas. Não vai demorar e vamos encontrar as pessoas como animais, transando na rua, se lambendo, se chupando, se cheirando. Escrevam o que digo: os instintos animais do ser humano estão aflorando além do normal e vai chegar a hora em que a suposta moral que a nossa sociedade diz que tem, vai pras cucuias, e vai prevalecer o desejo, o sexo sem limites, a qualquer hora e em qualquer lugar.

Enfim, estou optando por algo mais racional. NUNCA que um homem como os que vejo nestes sites, que mais se parecem com deuses gregos renascidos do Olimpo irá dar bola para um pobre mortal como eu. São raros os relacionamentos que dão certo, sendo que os envolvidos se conheceram pela net, por bate papos.

Então vou optar por sentir mais o calor humano. Por olhar nos olhos, conversar, flertar, paquerar, trocar figurinhas, e deixar as coisas acontecerem. E vou precisar controlar minha ansiedade, porque esta me mata....Mas ela não será mais que eu! rs

Então, é hora de começar de novo, de re-inventar o homem que sou hoje. E como diz Ranata Belmonte: "Há sempre o dia de amar, mas vésperas não são possíveis." Chega de vésperas, melhor esperar o dia de amar, ou viver algumas vésperas de outra forma, de forma mais palpável.


J.M.

http://br.youtube.com/watch?v=4v__5ANnPpg - Quem quiser ver o clip da música, olha aí. Daniela Mercury E Erasmo Carlos cantando ao vivo em Altas Horas. "Um Homem pra chamar de seu, mesmo que seja eu!" Claro que prefiro a música sendo cantada por Ney Matogrosso, no cd Vivo.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Pausa para o cafezinho...

ut.

Bem, após ter corrido tanto procurando seguir meu instintos e anseios da carne, é chegada a hora da pausa para o cafezinho.

Perdi muita coisa neste tempo de irracionalidade, de "bestialidade". Perdi meus sonhos, perdi meus planos para o futuro, perdi o que realmente queria. Busquei das formas e nos lugares errados, tentei forçar o destino a dar-me o que queria na hora e da forma como eu queria. Pretensioso não??? Mas confesso, mea culpa. Porém, permanecem no erro apenas os burros e eu sinceramente estou farto de ser burro.

Quero agora resgatar o que perdi, recomeçar, renovar, mudar, cuidar, transformar, viver, sentir, amar, saborear, conjugar a minha vida.
E tentar a todo custo ser FELIZ! Mas sinceramente. De coração. De movo leve e solto.

Hora de retomar as rédeas da minha vida. De forma magistral.

E escrever, escrever muito. Porque só assim eu consigo ser feliz e estar bem comigo mesmo.


J. M.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Faber Est Quisque Fortuncie


Traduzindo: Expressão latina que quer dizer: Constua você mesmo o seu destino. Meu Destino...o que ele me reserva, ou melhor, o que eu estou fazendo para construí-lo? Estive pensando, e cheguei a conclusão de que tudo o que sonhei para mim, para minha vida, não está seguindo os planos. Deixei pelo caminho da minha vida os meus sonhos. Meu desejo de conhecer o mundo, de falar outras línguas, de ter o meu canto, a minha independência, o meu filho, a minha ou minhas orquídeas, os meus livros.

EU CONSTRUO O MEU DESTINO! Preciso fazer desta frase um lema de vida, um guia para este ano que a pouco iniciou, levá-la sempre comigo, até o dia em que eu possa olhar para tudo o que consegui e dizer: Eu construi o meu destino. Eu escrevi a minha história.

Vou escrever em 2008. Vou colocar em palavras a minha luta pelos meus sonhos, e tudo o que possa vir a me atrapalhar momentaneamente na busca do meu futuro desejado, sonhado e que será realizado e concreto.

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Mudando de assunto e falando um pouco de frívolidades: Eu não aguento mais esperar pelo lançamento do novo CD da Diva! Madonna, porque és tão cruel com teus fãs? Todos os dias, religiosamente, lá estou eu atrás de uma boa notícia nos sites de Madge. Mas NADA, silencio total. Sabemos apenas que o bendito clipe da música "4 minutes to save the world" está sendo produzido em Londres, com as participações de Justin Timberlake e Timbaland. Enquanto a bendita música não é divulgada oficialmente como Single do novo cd, vou curtindo Shakira e seu belo DVD Oral Fixation Tour, com uma capa hiper sexy e músicas maravilhosas!