domingo, 23 de novembro de 2008

Um pouco do todo...

"Há sempre o dia de amar, mas vésperas não são possíveis." Renata Belmonte

Dizem que "águas passadas não movem moinho". Eu concordo com a frase, mas ás vezes nos deparamos com situações que inevitávelmente retornamos ao passado e constatamos que a vida já foi boa, mas que agora as coisas mudaram. Para uns, ficou melhor. Para outros, ficou pior.
Falo isso por causa da minha casa (a física) e por causa da minha família. Após a separação de meus pais, que já faz um ano, posso constatar que a minha residência, aquele lugar bonito, aconchegante, onde eu me sentia seguro e ás vezes, amendrontado, onde vivi ininterruptamente por 16 anos de minha vida, perdeu a sua força, perdeu a sua vitalidade: minha mãe. Parece que a casa sentiu também que a família que ali morou já não era mais a mesma e aos poucos começou a ruir....e hoje, já não a reconheço como a casa do meu passado. Sinto saudades, mas diante das situações que já vivemos ali (tema para outro post), o melhor foi feito. Toda vez que vou aquela casa onde meu pai ainda reside com um de meus irmãos, fico assim, nostálgico. Mas não há mais o que fazer.

Minha vida está se aquietando. Já não tenho mais ânimo para viver loucamente atrás de alguém que me faça feliz, porque na verdade, eu preciso estar feliz para que alguém apareça e complemente esta felicidade. E pensando nisso ontem, estive olhando um livro, onde contém um conto de uma escritora que já citei aqui no blog em outra ocasião, e que define exatamente o momento que estou vivendo. Renata Belmonte diz, no livro "Outras Moradas", com contos de alguns baianos: "Há sempre o dia de amar, mas vésperas não são possíveis." Eu acho que estava, ou estou tentando adiantar as coisas, forçando para que a vida me dê aquilo que tanto quero, quando na verdade não é a hora certa para que aconteça, e vou me ferindo com as vésperas corridas, mal arranjadas, que sempre acabam mal... Não digo com isso que vou viver a castidade agora até que encontre alguém legal pra ter algo sério. Mas, terei mais cuidado para não apressar o dia de amar, e deixar ele acontecer naturalmente.

Então eu vou cuidado da vida. No momento, cheguei na parte crucial de minha faculdade, a parte que tanto temi, mas que enfim chegou e de forma tranqüila: meu estágio. Espero que acabe da mesma forma que começou. E como prometido, vou sair pra comemorar ou melhor, adiar a comemoração por alguns dias. E aí vem outra coisa que estou aguardando ansiosamente: minha viagem para o Rio de Janeiro, por ocasão do show de Madonna!
Minha primeira viagem interestadual, sozinho. Medo... Um frio na barriga...Afinal, estou indo rumo ao desconhecido (e belo). Mas creio que vai dar tudo certo e após essa viagem estarão aqui algumas fotos e relatos desses 4 dias que prometem!!!!!

Agradeço a todos pelos comentários que me trazem tanta força, nos meus momentos "deprê". Sinto-me feliz e lisonjeado por ter pessoas tão maravilhosas que acompanham meus Devanneios.

2 comentários:

  1. Gosto da forma que expressas o que sente por meio das palavras

    Identidades Fragmentadas

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  2. Estou super emocionada! Que bom que meu trabalho o inspira a escrever coisas tão belas!
    Muito obrigada pelo carinho.
    Bjs,
    Renata

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