domingo, 29 de novembro de 2009

Pra frente é que se anda.

"A borboleta pousada, ou é Deus ou é nada." Adélia Prado

Post passado, num momento de grande crise pessoal, escrevi sobre o quanto o blog de um amigo mexeu comigo. E me fez reavaliar minha posição diante da vida, do que vem acontecendo comigo, das minhas últimas relações, incluíndo aí a minha relação com Deus.
Ao contrário do que
algumas possam ter entendido, eu não deixei de acreditar em Deus, talvez tenha duvidado de que ele me amasse, independente de minha orientação sexual. Isso está resolvido, mas a minha crise foi sim contra a Igreja.
Definitivamente eu não consigo estar dentro de um ambiente onde pregam que estou vivendo no pecado, que estou errado, que irei para o inferno por que gosto de homens e quero viver um amor verdadeiro com um. Por isso, por discordar do que a Igreja prega, que decidi me afastar.
Nesse período, comecei a ler também alguns livros de Rubem Alves. E me identifiquei demais com o autor, que foi pastor presbiteriano, mas se afastou da religião e hoje acredita num Deus livre de qualquer religião que seja. Partilho do mesmo pensamento que ele atualmente, quando diz que "Deus é um passáro em vôo", e compara as religiões com gaiolas, onde cada uma procura prender Deus da sua forma. No entanto, Ele é livre e está em todas as coisas, presente em todos os lugares.
Respeito os que acreditam na presença de Deus em templos, e que preferem seguir as religiões. Cada um tem que procurar o melhor para si. Ainda partilho de algumas coisas da religião que frequentei, mas não consigo mais ficar numa Igreja, me incomoda.
Após a minha última postagem, e após os comentários maravilhosos que recebi de pessoas que valorizo demais, e que já não consigo viver sem, estou recomeçando.
Com devidas avaliações, estou aceitando a nova pessoa que me tornei, porque como disse o Voy:
Tudo o que fiz ontem, me transformou na pessoa que sou hoje. E de fato, hoje posso me considerar uma pessoa
mais forte, e as experiências vividas me ajudaram bastante a crescer, neste sentido.
De fato, não posso agor
a me desesperar porque errei, mas fazer o que meu amigo Dand também me aconselhou: olhar para frente. Fazer as devidas mudanças, e recomeçar.
A vida é feita de recomeços. Sempre. E é o que estou a fazer, mais uma vez.
Quanto a minha relação com Deus, essa só tem melhorado, a cada dia. Preciso agora melhorar a minha relação com o homem, e nisso não falo somente do sexo masculino, mas também do feminino. Aprimor
ar o contato com o ser humano e nisso eu incluo a minha relação comigo mesmo, ser humano complicado.
Agradeço aos comentários do post anterior e pela força que cada um procurou me transmitir. Recebi todas e estou pronto pra continuar, com a presença de vocês sempre por aqui.
Abraço forte em cada um.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Será muito tarde?

Sessão dupla de cinema. Uma pra ver 2012, e fui com uma amiga, sala lotadíssima! A segunda, logo em seguida, fui ver Lua Nova, e dessa vez sozinho, sala lotada, mas com direito a sentar no meio do povão e ter uma cadeira vazia do meu lado durante todo o filme... A cadeira da espera.
Chegando em casa, lembrei que havia prometido ao Jay que leria a história da sua vida(ou parte dela) no blog. E chegando em casa foi o que fiz.
E chorei, chorei muito. Me identifiquei com muita coisa, e fiquei encantado com algumas coisas que ele escreveu. De fato, é uma história de superação e quero dizer que virei fã! (Também).
Ainda lendo o blog, li uma parte onde ele diz que ainda não tinha alguém. E diz ainda:

Faltava uma pessoa em minha vida. Eu sonhava comalguém especial e até pedia a Deus por isso. E tenho certeza que Deus ouviu minhas orações...

E mesmo tendo me segurado até aí, chorei ao ler isso. Chorei por lembrar da amizade que já tive com o Criador, quando frequentei por anos a Igreja e por achar que Ele me julga culpado por ser gay, por gostar de homens, chorei por constatar que perdi muita coisa que era minha, que fazia parte de mim, da minha personalidade em nome da carne, chorei por ver que sempre pedi a Deus uma pessoa especial em minha vida, mas quando me afastei dele deixei esse pedido de lado e confesso a todos vocês que minha vida afetiva principalmente no que se refere aos homens, é um fracasso, chorei, chorei como forma de expurgar toda a minha dor, os sentime
ntos ruins que guardo dentro de mim e que ás vezes até exponho, chocando
quem se relaciona comigo, seja pessoalmente ou virtualmente.
A verdade meus amigos, é que nos últimos 4 anos, quando eu me afastei da Igrej
a, e decidi assumir, pra mim principalmente, que eu gosto sim de homens, entr
ei numa espiral sentimental, onde transferi para o sexo casual e envolvimentos escusos toda
a minha carencia, todo o meu desejo de amar e de ser amado de volta. Vivi muitas coisas nos últimos quatro anos...
Mas quando o assunto é afetividade, eu me maltratei demais. Como ser humano, eu me despi de tudo o que achava correto e que ainda admiro hoje em relações como a do Jay e do Alê, para me envolver com caras que só queriam sexo, o popular fast foda (me perdoem a expressão).
Em nome do meu desejo de encontrar alguém e que eu achei que encontraria através do sexo, eu deixei muito dos meus p
rincípios, da minha dignidade, para trás. Eu matei o meu amor próprio, que já andava doente. E o que eu consegui com isso? O quê as transas sem sentimento, apenas pelo prazer, me trouxeram ao longo destes 4 anos? Nada.
Apenas me tornei uma pessoa "rodada". Expressão horrível, mas infelizmente é assim que me sinto agora. Usado, abusado por mim mesmo. Me desvalorizei, totalmente. E agora?
Após ler a história do Jay, percebi que eu tenho valor sim. Tive um insight, e percebi o que eu me tornei, e o que eu NÃO consegui vivendo desta forma.
Será muito tarde para tentar ser melhor? Será muito tarde para recuperar tudo o que eu acreditava ser o certo e que abri mão achando que transando com alguém que mal conheço poderia encontrar? Será muito tarde para desejar um dia ter aquela cadeira vazia da sala de cinema ocupada por um verdadeiro amor?

Abraços, meus amigos.

P.S. Dand, quero te agradecer pelas palavras de sabedoria, e dizer publicamente o quanto te admiro e o quanto você está me ajudando. Obrigado, amigo, pela palavras na madrugada. Sabe que torço demais pela sua felicidade.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Meu lado "poético".

Sentado em frente ao computador, pensando no que escrever...
Minha vida ultimamente anda tão sem novidades, sem nada de extraordinário a não ser o fato de acordar todo os dias, de ver o sol brilhar, de poder olhar o campo três vezes na semana a caminho do trabalho em outra cidade, de brincar com uma criança linda de 2 aninhos que aperta minhas bochechas e me chama de "fofinho" (rsrsrsrsrs), de poder expressar aqui neste espaço o que penso, o que sinto, e ser apoiado ou não. Tudo isso faz da minha vida um acontecimento extraordinário , mas fora estas coisas que sei que acontecem sempre, ando sem novidades.
E foi pensando no que me falta acontecer, que escrevi um pouco fora do padrão que sempre escrevo aqui. Não sei se o considero um poema, acho que falta muita coisa para chegar a este patamar, mas são como diz Jota Quest " pensamentos soltos, traduzidos em palavras".
Recordei então que há alguns anos, costumava escrever "poemas". Maioria deles falavam de amor, principalmente dos não-correspondidos. Tenho alguns deles perdidos em agendas antigas, que de vez em quando eu folheio e duvido até mesmo que eu tenha escrito o que leio.
Hoje me veio a vontade de escrever assim, diferente, poético, ilusório, quente, romântico, triste...enfim. Leiam, e expressem o que vocês acharam. Ah, eu sou péssimo para atribuir título. Por isso, ele está sem. Aceito sugestões, junto com o comentário.

"O cheiro percorreu todo o meu corpo,
Enquanto a boca encostava em minha nuca,
E os braços me envolviam num abraço forte, quente
Carinhoso, cheio de um amor que nunca havia provado igual.
As mãos percorrendo cada pedaço do meu peito, tórax nu
Enquanto nosso corpos pareciam um,
E o suor começava a aparacer em cada poro,
A respiração ofegante, o odor inebriante,
A vontade latente...
E aqueles lábios que mais pareciam veludo,
Que minhas mãos tiveram a benção de tocar,
e que enfim, poderia agora provar, acariciar com a minha boca,
num bei....
AH! Acordei. Foi tudo um sonho...
No quarto escuro, no meio da noite, procurei ,
Mas, quem é você?
Eu não sei."

By J.M.

Abraços, meus queridos e queridas...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Manter o foco.

Quando queremos algo em nossa vida, precisamos manter o foco e perseverar. As dificuldades serão muitas, mas se mantivermos nosso olhar no que desejamos, as chances de chegarmos ao nosso objetivo são muito, muito maiores.
Amo os meus amigos e muitas vezes eles são para mim exemplos a serem seguidos. Quando comecei a faculdade, encontrei 40 pessoas numa sala de aula. De início, nos aproximamos de boa parte deles, mas com o tempo a amizade se fortalece com aqueles com os quais temos afinidades. Nesse período conheci duas pessoas maravilhosas, Pity e Sol. Diferentes, mas muito, muito especiais.
Pra não alongar, sendo que ambas são extramamente importantes para mim, quero aqui falar um pouco de Pity. Menina simples, vinda da zona rural da cidade em que estou morando hoje, ela começou a faculdade com a mesma idade que eu, 20 anos. Era de fato uma menina, na forma de pensar, no jeito de se vestir, no namoro que tinha com um cara já há 5 anos. Com ele ela planejava casar, ter filhos, tudo quando terminasse a faculdade. No decorrer dos anos, ela se identificou com o curso, e começou a trabalhar na área de educação. Menina pobre, passou fome na infância, teve que dividir tudo sempre com mais três irmãos(nclusive a cama, onde dormia com eles e a mãe, numa casa de dois cômodos apenas) foi criada somente pela mãe que fez de tudo para que ela tivesse educação e pudesse chegar onde chegou: a faculdade.
No decorrer do curso, Pity descobriu que seu namorado e único homem de sua vida a traía. Sofreu muito, tentou voltar algumas vezes quando ele dizia que a amava, que queria se casar com ela, ter filhos... Mas ela também descobriu que ele a queria como "Amélia". Como a mulher que ficaria em casa, com os filhos enquanto ele trabalharia e ela ,deveria parar os estudos com o fim da graduação. E isso foi determinante para que ela o abandonasse, mesmo sofrendo muito. Nesse período surgiu um outro cara em sua vida, que simplesmente carregaria "água no cesto" por ela, se necessário fosse. Mas ela apenas ficou, e teve medo de se envolver, se entregar. De início, não sentia nada forte por ele, apenas atração. Mas ele a amava. E estava disposto a fazer tudo por ela. E fez, permaneceu na luta até o fim.
Bem, para encurtar o relato, Pity terminou a graduação, não voltou mais com o ex-namorado, resolveu dar uma chance ao outro carinha que faz tudo por ela, e seguiu em frente. Sempre se envolveu em projetos na faculdade, e queria continuar os estudos trabalhando com educação do campo, que era o que a encantava por ela ter vindo da zona rural e saber das dificuldades que as pessoas que moram lá passam. Consegui um trabalho pra ela na mesma escola onde trabalho, sua relação com o carinha atual melhorou muito, fazendo até mesmo com que ela viesse morar aqui na cidade com a ajuda dele, que deu total apoio para que ela fizesse isso, porque facilitava mais a vida dela, e hoje ela pode se dizer apaixonada por ele, que ajuda tanto, que a coloca pra frente, que a estimula a continuar os estudos e que deu força para que recém-graduada, tentasse um mestrado na área de Educação do Campo.
Menina do interior, que enfrentou tantas dificuldades, sem um professor para a orientá-la, com o apoio do namorado, da família e dos amigos, ela encarou a prova do mestrado, passou por todas as etapas, e hoje, como seu amigo, pude compartilhar da sua alegria de ter sido aprovada. De ter alcançado mais um objetivo de vida, onde não perdeu o foco.
Assim aconteceu também com meu amigo Mau, que conheci quando ainda era um "menino" do Paraná, que gostava de Sarah MacLachlan e morava sozinho já tão novo. Conheci ele através do blog e mantemos uma amizade sadia já há algum tempo. Ano passado ele me (nos) falou da mudança que faria, indo morar em São Paulo, onde não conhecia nínguem e havia conseguido um trabalho novo. E foi.
Um ano depois, ele está muito bem, obrigado, desbravando a Selva de Pedras que é São Paulo e que pelo visto, ele A-D-O-R-A! Hoje o acho mais homem, mais decidido, mais maduro, principalmente em seus escritos no blog.
Essas pessoas são para mim um exemplo de que tudo o que desejamos, se nos esforçamos e corremos atrás, não recuando quando as dificuldades aparecem, a gente consegue. Fiquei muito feliz pela conquista da minha amiga, e sou feliz por ter a amizade de Mau, que é um rapaz determinado no que quer e que por isso está onde está hoje.
São exemplos a ser seguidos por mim, que estou no processo de tantas mudanças, mas agora, mais do que nunca, decidido a encarar o que vier pela frente para alcançar tudo o que quero. Amizades são um dos mais necessários pilares do ser humano. Como diz Pedro Bial, no CD "Filtro Solar": Amigos: nunca abra mão de uns poucos e bons! Amo os que tenho, aqueles que vejo todos os dias, aqueles com quem teclo todos os dias, os que estão longe, mas que volta e meia mandam um scrap, um email, um sinal de vida e amor.
E não esqueçam: manter o foco e perseverar sempre! É o que tenho aprendido com essas pessoas especiais.
Amo todos vocês! Abraços...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Evoluir...

Post de segunda, cheio de preguiça, escrito vestido de pijama...
MAS, epa: já fui pra academia e voltei. Mera questão de estar mais a vontade em casa. Após um fim de semana pensando e aceitando tudo o que me foi dito, resolvi correr atrás do prejuízo.
De uns dias pra cá, tenho recebido alguns alertas de pessoas conhecidas, através de MSN, ou até pessoalmente sobre minha conduta. Sobre a forma como me vejo, sobre algumas atitudes, defeitos que saltam aos olhos das pessoas e que sinceramente eu não tenho feito o mínimo esforço para ocultá-los ou saná-los. Se as críticas chegam, é porque algo está errado. Na verdade, sempre soube disso, mas nunca me importei, porque achava que não incomodava ninguém.
Agora incomoda aos outros e automaticamente a mim.
Então, "um belo dia resolvi mudar, e fazer tudo o que queria fazer". Comecei pela academia, retornando hoje. As coisas físicas são super fáceis de serem mudadas. A rotina, algumas atitudes incoerentes com a minha idade, coisas que já não cabem mais aos meus 24 anos podem ser resolvidas tranquilamente e com um pouco de vigilância.
Mas quando o assunto são as mudanças interiores, aí tudo complica. Ainda mais que a mudança em si deve ser de dentro para fora. Mudar minha forma de ver as pessoas, as coisas, o mundo, e principalmente a forma como me vejo, para a partir daí mudar o que é externo a mim.
Mudar, crescer, evoluir, tudo isso necessita de um pouco, só um pouquinho de DISCIPLINA. Quando permanecemos num propósito, com afinco, boa parte das vezes conseguimos alcançar o que procuramos.
Confesso: falta-me disciplina, para mudanças interiores, para atividades rotineiras, para estudar...Mas vou ter que achar, onde quer que ela esteja.
O que não posso é ficar da forma como estou.

sábado, 14 de novembro de 2009

Triângulo Amoroso: é possível?

Não gostei muito da série Aline que foi exibida pela Rede Globo e que terminou neste último dia 12. Adorei o fato de ter sido rodada em São Paulo e ter mostrado parte da cidade que estou prestes a conhecer, mas achei moderninha demais, cheia de efeitos mirabolantes, meio louca, "não caiu no meu gosto".
No entanto, o tema da série parece bastante interessante: uma menina que namora dois rapazes. E que convive muito bem (obrigado)com ambos. Seria possível um relacionamento aberto como o da personagem no mundo em que vivemos?
Claro que sim! Se não, de onde viria a inspiração para a criação da série? Com certeza seus autores se basearam em alguma história que ouviram, viram ou até mesmo vivenciaram. Questionada num bate-papo com o parceiro de série Pedro Neschling sobre se de fato dá para entrar numa relação sabendo que o cara já tem outro envolvimento, a atriz Maria Flor disse que acha possível haver uma situação como a da personagem, basta que para isso haja também um acordo entre o casal, ou o trio, que seja. E disse ainda que a vida verdadeira pode ser muito mais surpreendente que a ficção, a vida real ultrapassa .
Continuando o papo, o ator Pedro Neschling diz que "O Ser humano tem sentimentos de posse, vaidade, competição... Eu conheço algumas pessoas que vivem em triângulos amorosos que funcionam muito bem desde que os envolvidos não saibam". A atriz Maria Flor diz que não concorda com isso, primeiro porque em triângulo amoroso, um deve saber da existencia do outro.
Concordo com a atriz que a vida real ultrapassa o que ficção mostra na TV. Triângulos onde as pessoas não sabem da existência do outro eu também conheço, ou pelo menos uma das partes não sabe que existe um caso ali.
Mas, trazendo a questão do triângulo amoroso para o mundo GLS, existiria espaço para um namoro a três? Não como no caso do livro "O terceiro travesseiro" de Nelson Luís de Carvalho, onde dois caras namoram e aparece uma mulher entre eles. Mas falo de três carinhas namorando, numa boa, onde um sabe do outro, e convivem tranquilamente com isso. Seria possível?
EU ainda não vi, nem ouvi falar sobre. Mas particularmente, não suportaria algo do tipo. Ainda sou um homem a moda antiga: eu e meu namorado. Não curto relacionamentos abertos. Ainda não me abri (kkkk, sem maldade, galera) a este ponto.
Ménage a trois, pode até acontecer quando não não há um envolvimento mais sério entre as pessoas. Mas namorando, e entrar uma terceira pessoa no relacionamento? Pra mim ainda é estranho.
Mas e pra vocês, meus amados leitores? Qual a opnião de vocês sobre um relacionamento a três entre três carinhas, ou três moças? Vocês acham que é possível? Funcionaria com você?
Quero a opnião de todos que lerem este post. Vamos bombar nos comentários!!!
Abraços e aguardo a opnião de vocês!

P.S. A série Aline e baseada na série em quadrinhos Aline de Adão Iturrusgari... Obrigado Mike!
P.S. 2 - Gente, eu não quero falar aqui do que foi abordado na série, ou o que deixou de ser. Eu apenas atentei para o fato de ser um triangulo amoroso, e me e vos questionei sobre se é possível três caras namorarem, um sabendo do outro, no mundo em que nós vivemos? Só isso. Quem gostou da série, ótimo! Quem não gostou, Ótimo também.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Surto!

Meus queridos leitores, amigos, venho através deste post dizer a vocês que EU ESTOU SURTANDO!!!!!!!!!!!!!!!
Primeiro: não tenho mais a graduação. Já não vou mais a universidade, já não tenho mais a rotina de ônibus, sala de aula, trabalhos, problemas com matrícula, professores chatos, professores divertidos, colegas, risadas, almoço em bandejão, BIBLIOTECA!!! Não pensei que sentiria tanta falta da rotina acadêmica. Meus dias agora se resumem a: dormir (muito, já não gostava de fazer isso, agora então), acessar (porque não posso viver sem vocês!), viajar até minha cidade, ministrar minhas aulas para os meus queridos "pestinhas" e retornar para esta cidade de onde vos escrevo, lidar com a rotina de planejar aulas (odeio), e só.
Aí, como diz o ditado: mente vazia, oficina do diabo. A bendita da minha amiga praticamente me forçou a comprar minha passagem para viajarmos para Sampa em janeiro. Ok. Passagens compradas, planos traçados. Idéia primeira: passear. E lá no fundo a idéia é: ficar em São Paulo por um tempo (?). E aí mora o meu desespero. Largar minha vida aqui na Bahia, família, o medo de ir morar onde não conheço nada, de não ter mais meu plano de saúde (kkkkkkkk), de não conseguir um emprego agora que estou devidamente graduado, de não suportar o frio de São Paulo, de adoecer por causa deste mesmo frio. Tá, eu admito: sou exagerado, dramático, estou fazendo a velha "tempestade em copo d'água". Mas a mudança me deixa assim.
Tenho apelado até mesmo para as previsões astrológicas, runas, tarot, numerologia, tudo para ter um vislumbre do meu 2o10. Se meus planos de fato irão se concretizar, se São Paulo será a minha moradia no ano vindouro. Mas nem eles sabem me dizer.
O fato é que o destino está selado, e pouco mais de 2 meses me separam do bendito avião que irá me levar para a Selva de Pedra. Preciso me ocupar nestes dois meses. Isso se o surtonão piorar, já que em dezembro ainda vem a falta de trabalho. Aí, vou escrever um post por dia para aliviar minha tensão. (kkkkkkkkkkkk). Ou me esvair de outra forma....
Abraços e prometo a vocês que vou parar de falar nisso...
Rs

sábado, 7 de novembro de 2009

O irmão gay.


No meu penúltimo post, falei sobre aspectos da minha vida aqui, na cidade onde estou morando já faz algum tempo. Citei também o meu irmão que veio morar aqui comigo e que descobri (ou melhor, apenas confirmei que este também é gay. Imagine dois em uma casa de três filhos? Huau!)
Pois é, ao citar isso, alguns leitores ficaram curiosos para saber como eu descobri que meu irmão do meio, o segundo na escala de sucessão familiar (kkkkk) também é "do ramo", como costumamos dizer por aqui.
Na verdade foi bem simples, ao meu ver.
Morei com meu irmão e um colega nosso da cidade onde fomos criados por um ano. Na verdade, nove meses. Após esse período, devido a algumas chateações com a dona da casa onde estávamos, nos mudamos, apenas eu e meu irmão. Nesse exato período, quando estávamos preparando mudança e tal, percebi uma atitude estranha por parte de meu irmão. Claro que antes de chegar ao fato, veio uma breve análise da vida dele: fã de Beyoncé, tem um monte de amiguinhos no Orkut que eu sei que são gays porque conheço, sem contar que um menino no auge da juventude nunca apareceu com namoradinha nenhuma. Ou seja, apliquei a ele o que aplicaram a mim para saber se era gay ou não.
Além de morarmos juntos, também estávamos trabalhando no mesmo local, um cyber café, em horários diferentes. Percebi que toda vez que eu me aproximava do PC onde ele costumava acessar a net, ele mudava de página rapidamente, ficava todo desconfiado. Neste período, tinha acabado de surgir o MSN Plus, e algumas pessoas ainda não sabiam utilizar o aplicativo. Entre estas pessoas, meu querido irmão. Então o que fiz: instalei o Plus numa máquina onde ele costumava acessar sempre, e esperei que ele fizesse isso. Logo depois que ele saiu deste PC, eu fui dar aquela velha "fuçada" e encontrei algumas conversas dele com colegas aqui da cidade marcando outra aventura como aquela, alguns papos cheios de sacanagens com amigos e outro papo onde ele falava de dinheiro com um cara, o que me revoltou de certa forma, porque ele não tinha necessidade de fazer aquilo. Então, resolvi agir.
Imprimi a conversa, e guardei para uma hora oportuna. Assim que nos mudamos, estávamos em casa apenas eu e ele. E falando sobre morar só nós dois e tals, aproveitei o ensejo e mostrei a conversa a ele, alertando-o sobre os riscos do que ele estava fazendo, dessas conversas pela internet, uma vez que ele tinha praticamente acabado de chegar á cidade, e estava tendo um contato mais intenso com a net agora. Já que na cidade onde fomos criados, net era artigo de luxo na época. Então fiz os devidos alertas, já que beirava os 18 anos e culminei, frio e incisivo com a frase:
- Ah, e deixa eu avisar logo. Já que vamos morar só eu e você a partir de agora, quero lhe dizer que sou gay. Estou avisando por que caso você chegue em casa e me encontre com alguém, não se assuste, ou coisa do tipo. E nem preciso falar que fica entre eu e você, não é?
Ele disse:
- Novidade... ( e fez cara de desdém).
De lá pra cá, minha relação com ele melhorou um pouco. Brigamos como todos os irmãos. Mas acabamos nos aproximando mais. No entanto, ele é bastante diferente de mim, em questões de personalidade. E por ser muito fechado, nunca conversou comigo sobre ser gay. Mas, na hora certa isto vai acontecer. Mas, ele me respeita e eu o respeito em sua privacidade.
Como disse em post anterior, hoje estou morando só, e ele na cidade onde fomos criados. Creio que ele está passando por uma barra lá, porque cidade pequena, família inteira de olho... Mas, na hora certa ele terá a sua "carta de alforria" assim como eu tive a minha. E irá viver a vida dele (se já não o está fazendo).
Viram, foi bem simples. Para quem estava esperando mais emoção na narração desta descoberta, sinto em desapontá-los. (rsrsrsrs)
Abraços meu amados leitores. E amigos.

P.S. Gente, não encontrei uma foto para ilustrar este post. Quem tiver sugestões de sites onde eu possa encontrar, além do Google Imagens, por favor, manda pra mim??? Obrigado.

Um selinho.


Quero aqui agradecer ao Renato pelo selo que deu ao meu blog. Adorei! Sinal que o que escrevo está servindo para alguma coisa. Logo abaixo o Selo:



Para receber o selo, preciso definir o meu blog em 10 palavras. Hum, tô sentindo que essa tarefa será um pouco complicada, mas vamos lá.

1 - Verdade: aqui, neste espaço virtual, tive a oportunidade de poder falar sobre tudo na minha vida, sem máscaras, sem medo, sem mentiras. E como isso me deixa feliz....

2 - Sentimento: procuro em meus post's falar do que sinto, do que me incomoda, seja bom ou ruim. E sentimento é o que você mais encontra neles.

3 - Amor: tá, falei de sentimento acima. Mas o amor que falo aqui não é por uma pessoa, ou grupo de pessoas. Falo do meu amor pela escrita. Adoro escrever! Não vivo sem! Por isso amo esse blog.

4 - Relações: em boa parte de meus post's, você vai encontrar o marcador: relacionamentos. Pois, falo muito das minhas relações com as pessoas. Sejam os amigos, seja com minha família, seja com um amor que eu ainda espero encontrar ou que achei ter encontrado algumas vezes, para logo depois ver que foram ilusões. rsrsrsrs.

5 - Amizade: um dos grandes motivos de manter este blog também são as amizades que tenho feito por aqui. Que delícia ver jovens escrevendo...que delícia poder compartilhar de ideias com pessoas que pensam parecido, ou que discordam, mas ainda assim respeitam as nossas idéias.

6 - Vício: ler, escrever, comentar, verificar. Sempre estou fazendo isso. Estar neste blog para mim se tornou um vício.

7 - Devanneios: como o próprio endereço diz, aqui vai aparecer algumas loucuras de vez em quando. Me considero uma pessoa instável, meio louco, meio sábio...enfim. Davanneios aqui é o que não irá faltar.

8 - Cultura: de vez em quando aparecem aqui post's que também falam de música, filmes, livros, atividades culturais que fiz, ou quem fiquei sabendo que gostei muito e merece ser partilhada e lembrada.

9 - Opinião: procuro aqui também falar o que penso da vida, do que vejo, dos acontecimentos que fazem parte da minha rotina, e que não posso deixar de comentar. E ás vezes também querer a opinião de meus leitores.

10 - Curiosidade: acho que não sei nada sobre a vida e quero aqui colocar as minhas descobertas e descobrir muitas outras coisas com os meus amigos leitores e escritores....

Bem, acho que consegui resumir muito bem o meu blog em 10 palavras. Quero agradecer de coração ao Renato pelo selo. Obrigado meu querido!!! Fiquei hiper feliz. E estou repassando o selo agora para o meu mais novo amigo e leitor, o Dand! Amigo, parabens por este que acho é o primeiro selo do seu mais novo "filho". Espero que você possa fazer jus ao selo!
Para os meus outros amigos leitores e principalmente, os curiosos, quero dizer que mais tarde passarei aqui para contar como descobri que meu irmão também é gay e como é a minha relação com ele. Vi que despertei a curiosidade de alguns...rsrsrsrs
No mais, voltarei em breve com histórias de minha vida....abraços.

P.S. O título, viu Renato, não foi querendo diminuir o valor do selo, mas quiz fazer uma brincadeira com o beijinho....selinho...entende? rsrsrrs. Abraço.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Rapaz Solteiro Procura...A Felicidade.

Sempre morei em cidade pequena. Há quase 10 anos saí de minha cidade e vim parar aqui, na segunda maior cidade da Bahia, com o intuito de continuar os estudos. De início, fui morar com uma tia e sua família: marido, e dois filhos. Reconheço ter sido acolhido como um terceiro filho, mas casa de parentes nunca é igual a nossa. Por isso eu viajava tanto para minha cidade, para ficar com a minha família. Esse período durou mais ou menos 5 anos. E foi bom.
Mas a sensação de liberdade que senti quando meu irmão também veio morar aqui na cidade, junto com um colega e surgiu a proposta de dividirmos uma casa para nós três era maravilhosa. E foi o que fizemos. Moramos um ano juntos. Tive um pouco de liberdade, mas nada tão extraordinário.
Após um ano morando juntos, nos mudamos eu e meu irmão e fomos morar em outro local. A convivência não era das melhores, afinal temos algumas diferenças, o que é perfeitamente normal, mas ainda assim moramos mais um ano juntos. Dessa vez, logo que mudamos, senti a necessidade de contar a ele, que moraria comigo a partir de então, que sou gay. Ele não disse nem que estava bom, nem tampouco que estava ruim. Agiu com indiferença. E vivemos este um ano juntos onde eu me senti mais livre, onde pude ser mais eu mesmo com uma pessoa que vive comigo já a 20 anos. Descobri depois que meu irmão também é gay. Mas como ele é superfechado, nunca comentou nada comigo, nem eu pergunto nada.
Esse ano, por motivo de trabalho, ele retornou para a cidade onde fomos criados e passei a morar só. Faz oito meses que tenho uma certa liberdade e indepedência que me fizeram muito bem. Minha mãe sempre aparece, praticamente toda semana para conferir como estou, mas maior parte dos meus dias, estou só. Acordo na hora que acho que devo, como o que quiser, faço o meu café (que adoro), entro e saio da casa onde moro com autonomia. Como é bom viver assim...
Enfim, nesses quase 10 anos muita coisa mudou. Sempre percebi o meu lado independente. E sempre gostei demais disso. Comigo é: se não tenho companhia, faço sozinho. Sem problema algum.
Analisando este decênio, hoje sou graduado, moro só, tenho um trabalho (pelo menos até dezembro), um bom nível cultural. Hoje sei do que gosto, sei da minha orientação sexual e aceito muito bem. Tive coragem para partilhar isto com pessoas maravilhosas que hoje me respeitam pelo que sou. Falta-me o amor. Ou um amor. Alguém que possa compartilhar comigo destas conquistas e que tenha as suas também. Alguem para somar, dividir, não para subtrair.
Infelizmente, o amor não depende de nada do que tenho, nem do que sou, nem do que conquistei. Analisar a minha vida, tudo o que passei para chegar até aqui, onde me encontro, só me faz querer ir além, e não ficar preso a possibilidade de encontrar alguém que me faça feliz. Felicidade não pode depender jamais de outra pessoa.
Então hoje, como disse Dona Canô, mãe de Bethânia e Caetano, por ocasião de seu aniversário de 102 anos: "A vida, a gente é que decide. Eu escolhi a felicidade."
Ser feliz, fazer o que me deixa bem, olhar para frente sem ficar remoendo o passado, uma vez que seu próprio nome já diz: PASSOU. E "águas passadas não movem moinho".
Hoje a minha prioridade é viver muitos momentos felizes, sozinho, com amigos, com família, com ficantes...ou quem sabe até com um grande amor. Mas, a prioridade do momento é ser feliz COMIGO MESMO.
Amo cada um de vocês!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Esperando...

"Há sempre o dia de amar, mas vésperas não são possíveis." Renata Belmonte

Num fim de semana coroado por uma grande realização como a formatura, tive e oportunidade também de conversar mais com pessoas importantes em minha vida, como meus amigos. Entre eles, aquele que eu sempre vou amar e ter certeza que é parte de mim, que me completaria. Mas, não vem ao caso agora falar de meu amor platônico.
Entre muitas risadas, confissões, brincadeiras, chegamos a conversa sobre relacionamentos. Nesse papo, veio histórias sobre como conheceram seus respectivos namorados ou pessoas que amaram de verdade. Cada um contando a sua história. Menos eu.
Só ouvi. Só percebi que tudo o que vivi em minha vida até agora não passou de sexo casual ou de um desejo de possuir a pessoa que estava ao meu lado.
Não, nunca amei e fui amado de volta. Até agora só dei amor e recebi nada de volta, ou amizade apenas. Ou me envolvi achando que estava nascendo um sentimento lindo, para depois ver que não era nada disso.

Decepcionado como estou relacionamentos vividos a distância, espero encontrar alguém mais pertinho. Alguém que seja mais presente. Preciso da sensação de batimentos cardíacos acelerados, pernas bambas, mãos que suam, pensamento distante. Preciso de um amor. Preciso de paixão.
Quero um amor pertinho. Quero um amor correspondido. Quero partilhar da minha vida com alguém que de fato seja especial em minha história. Só me resta uma coisa: esperar (e sentado).
Abração meus leitores.