quarta-feira, 4 de março de 2009

Síndrome do Dedo Podre.

Ouvindo Madonna, S&S Tour.

Mais uma vez eu estive rememorando as pessoas que já passaram por minha vida, e que eu numa imensa carência denominei namorados. E cheguei a uma conclusão: eu tenho dedo podre. Ou seria mão podre?
Porque de todos os que encontrei no meu caminho (não foram muitos, apesar do TODOS), não houve nenhum livre, *sem complicações afetivas passadas, ou presentes. Um não era confiante o bastante, me deixou porque tinha medo de se envolver, outro estava em dúvida se era gay mesmo ou se deveria retornar para a ex-noiva, outro quer se envolver, mas ainda gosta do ex-namorado. Enfim, todos tiveram suas complicações. E eu no meio do fogo cruzado, entre a cruz e a espada.
Assumo que mesmo tendo um dedo podre, eu também tenho as minhas neuras. E quem não tem? Mas aparecem pessoas piores que eu, fico abismado com isso. No fim das contas, creio que o melhor a fazer é o que Alanis Morissette assumiu ter feito.
Em uma entrevista que a cantora deu, assumiu ser depende de amor. Viciada, como ela mesma definiu. E diz que a vida dela dependia de sempre ter um amor, um namorado, alguém do lado dela sempre. No entanto, quando o último namorado dela a largou e hoje está prestes a ser casar com com atriz Scarlett Johansson, ela pensou que iria morrer. E após sofrer toda a sua dor, resolveu não mais se apegar a nínguem, ou viver com esta necessidade de ter alguém do seu lado como namorado, mas viu que poderia conhecer muitas pessoas e não se apegar a nínguem. E ela diz que é o que tem feito: tem conhecido muita gente legal, tem beijado na boca, se divertido, mas nada sério.
Na verdade eu já vivo isso. Só que falta o desejo de não querer nínguem sério. Falta a opção: estar só por opção minha e não opção dos outros.
É difícil se acostumar com esta idéia. Estar só e estar bem assim mesmo. Após passar todo o carnaval enjaulado dentro de casa, porque maior parte dos dias de carnaval na Bahia foram chuvosos, eu pensei que ia enlouquecer sem ter nínguem ali comigo, sem ter alguem pra conversar, namorar, beijar... Foi uma experiência frustrante, enlouquecedora. Mas que pode hoje servir como um aprendizado. Antes de mais nada, estar bem sozinho, feliz assim, para que quando alguém se decidir a fazer parte da minha vida, apenas complemente minha felicidade e não que seja a razão dela.
Enfim, acho que estou caminhando para uma maturidade emocional necessária para ser feliz.
Abraços meus amados leitores...

*P.S. Eu não quero uma pessoa sem passado, mas uma pessoa bem resolvida com o seu passado, porque "águas passadas não movem moinho".

7 comentários:

  1. "sem complicações afetivas passadas, ou presentes"


    ah tá, vc quer um kra q não tenha passado então? q tenha nascido no dia que você o conheceu né?

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  2. Adorei a sua reflexão!
    Na verdade eu tento "me perceber". às vezes discubro que quero muuito um namorado, outras percebo que preciso ficar sozinho e que esse tempo todo que estou solteiro está me fazendo bem...

    mas o mais interessante é quando percebo que nem mesmo SEXO e ficadas casuais eu quero, quero ser assexuado e assim fico durante meses... isso é ainda mais interessante pois só aconteceu duas vezes e quando eu "retorno" a me relacionar, é sempre muito bom!

    um beijo, querido!

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  3. Uma coisa bem madura, acho mesmo que vc esta chegando a sua maturidade emocional, sei como é um saco ter qeu aguentar alguem totalmente indeciso, ou mal resolvido no passado. A vida é realmente feita para amar, se não não nos apaixonariamos tanto. Importante é saber como controlar desejos para não ficar descontrolado, mas vc e uma pessoa controlada e bem resolvida, merece encontra alguem.

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  4. eu já comentei do dedo podre com alguns amigos, mas hoje acho que ele não existe. acho que existe um desencontro temporal (seu tempo, o tempo dele), de interesses, etc. precisamos parar de ver as histórias com vilões para não ficarmos com traumas e arredios... =)

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  5. O seu PS resumiu toda a idéia.
    Excelente post amigo.

    Abraço!

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  6. estar sozinho consigo mesmo é uma das coisas mais dificieis que existem, confesso que tb tenho esta dificuldade, me ouvir, me agradar, me respeitar, ás vezes são muito dificieis, por isto acabamos precisando tanto do outro, para fazer pelo outro o que não queremos fazer conocsco mesmo
    excelente post!
    abs

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  7. Muito oportuna sua reflexão, amigo. Acredito que esse seja o maior passo para se amar de verdade e daí abrir espaço para outra pessoa em sua vida. "Não somos metades que se completam, somos dois inteiros que se somam."

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