Liberdade.

Desde que me entendo por gente, sempre tive uma autonomia que me impelia a fazer as coisas sem precisar da companhia de ninguém, ou melhor, sem depender de alguém para fazer algo. Eu queria fazer, ia lá e fazia. Ou, como disse Jean Cocteau: "Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez."
Lembro muito bem quando há 10 anos atrás, após terminar o Ensino Médio, super acostumado a viver ali, perto dos pais, dos irmãos e amigos, minha mãe me levou para outra cidade para morar com uma tia, pensando em meu futuro. Ali eu deveria fazer pré-vestibular, e me dedicar aos estudos, a uma faculdade.
Fiz tudo como minha mãe quis. Estudei, passei no vestibular, consegui um emprego que utilizei para pagar parte dos gastos na Universidade. Ali eu conheci o mundo, rompi com a Igreja Católica e seus dogmas, e vivi de acordo com o que eu achava certo.
Quando a faculdade terminou, vi a possibilidade de sair da cidade, de morar em outro Estado, de viver a minha vida. E assim o fiz, há dois anos e meio atrás. E não me arrependo.
Vivi coisas que nunca imaginei viver, sofri, aprendi e finalmente começo a colher os frutos desta aventura.
Um trabalho melhor, a aquisição de bens duráveis, planos para um futuro próximo. Basta plantar, que um dia com certeza você colhe.
Não me arrependo de ter tomado essa decisão de viver longe da família, dos amigos visando um futuro melhor. A saudade é imensa, mas preciso pensar em mim. Pais criam os filhos para o mundo e os meus fizeram isso muito bem.
Hoje, vivendo praticamente só, tenho que cuidar de casa, das minhas roupas, do meu comer, vestir, das contas, dos estudos. E gosto desta liberdade. Agora é aprender a curtir, da melhor forma possível.
Até mais, queridos!!!