quinta-feira, 29 de outubro de 2009

E quando a idade chegar?

Ultimamente tenho ouvido muito de amigos meus, principalmente os gays, declarações de que não querem envelhecer. Algo como: "Quero morrer antes dos 50", ou "Não vou chegar nem aos 50 anos". Mas o porque dessa afirmação?
Bem...uma amiga diz que é porque ela não quer virar um "sapatão" velho, e só de imaginar que pode ser sozinha, fica aterrorizada. Outro, um amigo super vaidoso, tem medo de ver tudo cair quando a idade chegar, além de ter medo de ficar sozinho. Fico chocado com esses pensamentos.
De fato, chegar aos 40, 50, 60 anos, não é nada fácil. Nosso corpo já não é mais o mesmo, já não temos mais a vitalidade da juventude, a disposição da adolescência. E ainda tem o fator ser Gay. Isso implica em encontrar uma pessoa e viver o resto dos dias juntinhos (acho que ainda espero que isso aconteça comigo um dia....será um doce ilusão?), ou se tornar um coroa que frequenta boates, saunas, cinemas, etc, atrás de garotinhos para uma transa esporádica, sem compromisso, ou pior, que procure esses garotinhos para sustentá-los como uma forma de afirmar para si mesmo que não envelheceu tanto assim. Porque um cara de mais de 40 que opta por trocar de namoradinhos de 20 anos a cada semana, só pode ser alguém que não aceita que envelheceu e quer se manter sempre na mesma faixa etária dos ninfetos.
No entanto, há aqueles que fazem planos para um futuro onde a juventude existirá nos pensamentos e na alma, que eu acho que é onde são mais importantes. Não é porque você se chegou aos 50 anos que você vai deixar de ir a boates, frequentar ambientes GLS, se cuidar, ir a academia (se gostar disso), ou fazer uma caminhada, pedalar, ou qualquer outra atividade física. Não porque você tem 60 anos e é gay que vai deixar de viajar, de sair com os amigos, de namorar, ou quem sabe encontrar um grande amor e ficar com ele até o fim da vida. E chegar a melhor idade sozinho? E o que é que tem isso?
Eu particularmente não tenho muito medo de ficar só quando mais velho. Pretendo com o passar do tempo adotar uma criança, ser talvez um pai solteiro, criar meu filho (ou filhos). Viajar bastante, conhecer lugares que sempre tive vontade, estar sempre com meus amigos. Rezo para encontrar um amor que me suporte quando eu ficar velho. E fique do meu lado.
Mas se isso não acontecer, vou bradar aos céus que me leve daqui, porque minha vida não tem sentido? JAMAIS!
Não vim ao mundo a passeio. Estou aqui para aproveitar tudo que me acontecer, e se o meu futuro me reserva chegar aos 80 anos, lá estarei, lindo e belo, pronto para recordar o que já vivi e viver o que ainda não pude. Caso eu tenha que ir antes disso, espero ter vivido muita coisa até lá.
Mandem suas opiniões sobre este assunto. Abraços, meus queridos.

P.S. Não tenho nada contra caras de 20 que preferem mais velhos, caras mais velhos que preferem os de 20. O que disse acima é: existem aqueles que não aceitam a idade que tem, e se comportam como garotinhos de 20 anos e portanto trocam de namoradinhos também de 20 anos a todo instante como uma forma de auto-afirmação de que não tem a idade que tem. Nada impede que um homem de 40, 50, tenha e viva um grande amor com um carinha de 20, 25 anos. Porque não? Quisera Deus eu encontrar um cinquentão maravilhoso e viver uma linda história.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Mudanças

"Sabe quando vc vê ciclos da sua vida se encerrando e vc nao sabe o que fazer do futuro que se aproxima?".

Este foi um trecho de uma conversa que eu tive com o Théo pelo MSN, onde falava com ele que não estou sabendo agir diante da vida, do destino, do futuro, ou qualquer coisa que o denomine.
Estou sim encerrando alguns ciclos em minha vida. E a incerteza do futuro me deixa louco. A faculdade acabou, a formatura será neste fim de semana. Em dezembro o contrato de trabalho vence, e adíos sala de aula.
Sempre quiz sair daqui, conhecer uma cidade maior, mais movimentada. Sempre sonhei com São Paulo. E fiz planos para conhecê-la.
Ontem, no susto, uma amiga que está decidida a ir morar na megalópole veio comprar as sua passagem comigo, na net. Compramos, e ela me perguntou: você vai ou não comigo em janeiro? Eu vacilei.
Pensei tanta coisa, pensei no futuro, e se eu encontrar alguém aqui, e se aparecer um trabalho, e se, e se, e se... e ela perguntou uma última vez, logo depois de ter comprado a sua passagem: vai comprar a sua ou não?
Num átimo de loucura, eu disse: vamos lá. Pronto. Compramos as passagens, e dia 16 de janeiro desembarco em solo paulista. Quero ficar. E por isso vou começar a procurar emprego daqui, e pedir ajuda a uma amiga que mora lá.
E o futuro continua nebuloso. E eu continuo com medo. Mas disposto a arriscar. Sempre.
Abraços meus leitores, amo vocês!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O desfecho.

1 mês se passou. Duas pessoas muito diferentes tentando manter uma "relação". Gosto de livros, ele de roupas, gosto de música internacional e ele prefere as nacionais, gosto de calmaria e ele confessa já ter aprontado todas! 1 mês e não chegamos as "vias de fato". Não fizemos sexo. Encarei isso como normal, respeitando a vontade dele de ir com mais calma. Talvez toda a minha irritação com seus atos, sua falta de atenção para comigo, sua forma diferente de demonstrar que gosta de alguém era um anúncio de que SIM, nós não daríamos certo juntos. Ele diz que foi de tanto eu repetir isso que ele decidiu não continuar.
A princípio me propôs continuar me vendo, vindo a minha casa, conversando, sugeriu até mesmo dormir junto sem fazer nada (?), e eu me iludi achando que havíamos voltado. No entanto, dois dias depois, ele enfatizou para mim que isso não aconteceu. Então, como não gosto de meios-termos, coloquei o ponto final, porque dessa forma ele só me machuca mais. E acabaram as dúvidas.
E agora? Numa análise final, acho que saí de um relacionamento e tentei entrar em outro muito rápido. 3 dias, e já estava conhecendo o carinha. Acabei levando muito do ex-relacionamento para o atual e não deu certo. Sou adepto da filosofia de que saindo de um relacionamento, o melhor é dar um tempo para si, reorganizar as coisas, readaptar-se a estar solteiro novamente até encontrar uma outra pessoa, e enquanto isso curtir bastante. Apesar de defender essa postura, caí no "erro".
Mas, como diz Capital Inicial: "São águas passadas, escolha uma estrada e não olhe pra trás". É o que estou fazendo.
E a vida segue...
Abraços meus queridos...

domingo, 11 de outubro de 2009

Recordações

De repente o tempo fechou na Bahia. O que era pra ser um feriadão de sol com muita praia se tornou um fim de semana chuvoso e abafado.
Enfim, fiquei admirando aquela noite tempestuosa. Adoro ver os raios. Se pudesse, deitaria no quintal de casa para ficar olhando-os. O mesmo acontece quando passa furacões na TV. Acho a força do vento fantástica. Sei que tem toda aquela destruição por trás, mas acho aforça da natureza incrível. Raios e ventos.
Enquanto alimentava meu lado estranho de achar raios bonitos, mesmo morrendo de medo, do tipo: desligo computador, celular, evito pegar em metal (kkkk), me recordava de quando era pequeno.
Morando em cidade do interior, quando essas chuvas fantásticas desabavam sobre a cidade, meu pai não nos deixava fazer nada. Não podíamos tomar banho, nem comer nada, nem ligar nada a energia elétrica. Lembro de uma dessas chuvas que na verdade parecia mais uma chuva de raios. Nunca vi tantos. Recordo da família toda sentada na sala. Meus pais imóveis e com medo (ou respeito, como eles diziam), e eu e meus irmão lutando para não rir e não fazer brincadeiras. Um deles muito pequeno ainda não entendia direito, então meu pai ficava com ele no colo e tentando fazer ele ficar quieto. Eu e o segundo irmão começavamos a brincar e rir, quando estrondava aquele trovão que parecia que o mundo estava desabando. Meu pai pirava com a gente!!! Ficávamos imóveis, com a mão na boca e olhos arregalados! kkkkk Muito hilário. Volta e meia eu ficava olhando pelos vidros da porta a chuva caindo la fora e o mundo sendo iluminado pelos relâmpagos, alguns que cortavam o céu de ponta a ponta, incríveis. Enfim, em cidades do interior, com toda aquela tradição que envolve os mais velhos e que passam de pai para filho, contemplar esses momentos de força bruta da natureza é sempre maravilhoso, livrando os estragos, claro.
Enfim, esse post é apenas uma recordação da época em que era feliz e não sabia...
Abraços...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Amar primeiro a si!

Já cansei de ouvir isso, mas agora acredito que é a mais pura verdade: antes de qualquer envolvimento amoroso, precisamos ter consciência de quem somos e nos amar antes de mais nada, ou de outro alguém, para que as pessoas possam nos amar.
Talvez este seja o meu erro: não amar bastante ou o suficiente a mim para que os outros possam se sentir atraídos por mim. Essa carência que me consome, que me faz implorar por um pouco de atenção, de carinho, de cuidado, prejudica primeiramente a mim, e depois àquele a quem "mendigo" um pouco de sentimento.
Reconheço que não me amo o suficiente. E isso me faz mal. Perante a amigos e familiares sou ótimo, tenho uma ótima relação e não sinto falta da atenção nem do cuidado deles. Mas, quando se trata de um relacionamento amoroso, parece que me torno uma outra pessoa: fraco, impotente, inseguro, ambíguo, na mesma hora que mando embora, volto atrás pedindo que volte, explodo e como num retrocesso volto ao marco zero antes da explosão. Ou seja, torno-me contraditório diante daquele a quem quero amar, e de quem reclamo amor.
É possível reclamar amor de alguém? Sentimento algum resiste a uma pessoa tão insegura de si, do que sente, do que quer para a sua vida a dois?
Assumo: Eu sou complicado. E a fonte de toda a complicação é a falta de amor-próprio.
Antes de mais nada, amar a mim, a quem sou e a quem posso me tornar, para que o outro seja apenas um complemento (pelo menos no início).
Quanto ao carinha já citado nos dois ou três últimos post's, viajou com a família neste feriadão. Diante da frieza com a qual tem me tratado, pedi que ele utilizasse estes dias para pensar se realmente quer ficar comigo depois de tudo o que mostrei a ele que sou. E prometi não ligar, não procurar, deixar que ele curta a sua viagem.
Será difícil pra mim não correr atrás, não imaginar as pessoas que ele poderá conhecer, ou até se relacionar enquanto estiver por uma das ilhas baianas. Mas eu vou resistir e não procurar.
Primeiro, eu. Ainda me que doa, que seja um sacrifício, vejo que agora quem precisa ter certeza do que quer é ele.
Ô vidinha difícil esta hein....nossa...
Abraços e bom feriadão a todos vocês!!!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Entre a cruz e a espada.

Estou entre as dúvidas e as certezas. Um dos amigos leitores deste blog perguntou-me: "Se voce não sabe o que voce quer, como espera que o outro corresponda isso?". Eis a questão: estou disposto a mudar agora para viver algo sério, sem tantas cobranças, construindo a confiança, e fazendo com que a minha vida seja mais leve e feliz com alguém que queira o mesmo?
Tá, tudo bem. Dizem que não há o momento certo para viver algo mais sério e estável. Então sou eu que não sei o que quero.
De tudo isso a verdade é que eu estou vendo os meus defeitos, estou percebendo características minhas que assustariam qualquer ser vivente que quisesse ter alguma coisa comigo. Coisas que para mim são abomináveis. E diante de tudo isso, se ele está diferente, distante e me tratando com tanta frieza, eu assumo: mea culpa.
Diante dos fatos, não tiro a razão dele de se afastar de mim depois de todo showzinho que fiz, de ter tratado ele mal, ter sido grosso, possessivo, etc...
Chorar o leite derramado não vai adiantar agora. Só me resta empreender uma jornada, uma mega jornada para me tornar uma pessoa melhor e adquirir o auto-controle. Ih, que papo mais auto-ajuda, rsrsrsrsrs.
Mas vejo que se continuar desta forma, nem eu mesmo se suportarei. Então, é bola pra frente. Deixar tudo como está e veremos como vai terminar isso.
Abraços meus amados leitores...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Parte 02 - Incompatibilidades.


Com calma estamos indo. Ou melhor, nem tanta calma assim. Precipitei as coisas ao pedir que namorasse comigo. O pedido foi aceito, mas agora sinceramente me arrependo. Me arrependo por ver o quanto temos de diferentes, o quanto algumas atitudes me irritam, me deixam possesso, em seu jeito de agir.
Brigo. E isto como se fôssemos namorados há anos...
E sei que mal começamos e isto já desgasta a relação. Porque as brigas? Porque sinto falta, e ele não está nem aí, saí cansado do trabalho (é o que diz), e vai direto para casa (ao menos é o que diz) dormir, sem ao menos dar um sinal de vida. Sem ter como ligar do celular, uma das formas que temos para conversar, ele não faz a mínima questão de providenciar créditos para falar comigo, eu que ligue (deve ser o que ele pensa). Diz que não tem tempo, que está cansado, e quando sobrar tempo, irá procurar um local que aceite cartão para comprar o crédito do celular. Enquanto eu, idiota, saio de casa na madrugada do dia 01 para colocar crédito, porque não quero ficar sem bônus para falar com ele no outro dia...
Tenho analisado tudo isso e chego a uma conclusão, ou seria mais uma dúvida? Estou de fato pronto para viver um namoro? Tantas cobranças de minhas parte seriam um indicativo de que melhor seria estar só, apenas curtindo, ao invés de tão rapidamente sair de uma relação e entrar em outra?
Estou me culpando. Sim, tenho achado que estou dimensionando demais as coisas, dando importância demais, fazendo a famosa "tempestade em copo d'água". Coisas de carente, de inseguro, de insatisfeito...
E agora... o que eu faço? Acabo o que mal começou? Ou deixo acontecer?
Não sei "empurrar as coisas com a barriga", ir levando, fingir que nada acontece. Sou extremista. Ou 8 ou 80.
Estou perdido.
Abraços...