2016. Novo ano. Novas histórias.
Como havia antecipado para vocês anteriormente, meu finalzinho de 2015 foi uma correria só. De repente, me vi prestes a mudar para o apartamento novo, sendo que a previsão era que ele fosse entregue somente em março deste ano. Diante dessa mudança de planos, comecei a procurar piso, eletricista, planejar a mudança, resolver com minha amiga que morava comigo como ela faria para se mudar com a mulher dela, se isso seria antes ou depois da minha mudança...
Enfim, foi correria sim. Mas, diante de todo afobamento, de inúmeras vezes achar que não daria certo, e das pequenas sabotagens neste meio tempo, consegui me mudar em dezembro. Casa nova, tudo novo. Mal passei 15 dias na casa nova e tive que viajar e só retornei já no iníciozinho de janeiro.
Então, agora sim é que vou aproveitar meu lar, e começar a arrumar ele e deixá-lo do meu jeito. A ficha ainda não caiu que eu estou morando no que é meu, que eu posso deixar aquele espaço com a minha cara, as minhas características.
Às vezez me pego olhando as paredes, o piso, os quartos e pensando: isso aqui é meu, minha conquista, minha casa. E bate uma alegria imensa!!!
Confesso que, assim que mudei, e surgiram alguns probleminhas como vazamento de pias, janela que não fecha direito, etc, etc, foi batendo um desânimo. E aí, num dos papos com a psicóloga ela me joga a frase: "O novo não é perfeito." E isso é algo que eu preciso entender.
Então, aos poucos estou arrumando minha casa e aproveitando para arrumar meu interior também. 2015 foi um ano de mudanças para mim, isso é evidente. Mas foi um ano que tomou muito de minha atenção, disposição. Um ano que me consumiu.
E com tudo isso, problemas familiares, mudança, apartamento novo, eu deixei meu coração de lado. Não me envolvi com ninguém, não abri meu coração pra ninguém. Deixei os sentimentos de lado.
E agora, início do novo ano, sinto que continuo fechado para os sentimentos. Só não sei o porque.
Estou encanado comigo mesmo, me sentido fora de forma, indigno de atenção alheia, de ser olhado, paquerado. Auto estima em níveis abissais. E isso tem me impedido de querer conhecer gente nova, de me envolver, de dar uns beijos, uns pegas por aí.
Ou seja, nem tudo é perfeito mesmo, seja novo ou velho. O ano é novo, a casa é nova, mas eu continuo um velho. Com ideias velhas, com atitudes velhas, com um amor-próprio velho, digno de minha adolescência conturbada.
Pelo visto, este será um ano de cuidar de mim, e dessa cabeça e coração tão confusos.
Feliz ano novo pra todos. Me perdoem o atraso em desejar isso, mas espero que 2016 seja o ano da VIRADA para muitos, aquele ano que jamais será esquecido. Muita luz pra todos.