sexta-feira, 24 de abril de 2009

Tenho certeza absoluta! (Será???)

Meus amigos, principalmente os que são heteros, costumam dizer que "O mundo é gay", devido ao grande números de pessoas que tem assumido sua orientação sexual nos últimos anos. Mas, sabemos que muitos são os que preferem manter sua orientação no armário, e não tenho nada contra essas pessoas. No entanto, vejo novas formas de preconceito serem formadas principalmente por estes que vivem escondidos.
Vejo em sites de relacionamento ou salas de bate-papo uma frase ser repetida constantemente: "Não curto afeminados, nada contra, apenas não curto." Outros são mais agressivos, quando dizem que "não curto molinhas, não curto bichinhas, não curto bonecas, etc."
Respeito o direito que cada um tem de escolher as pessoas com quem querem se relacionar. Mas porque usar de palavras agressivas contra quem quer ser assim? Será que é tão difícil assim respeitar o próximo?
Concordo que gay continua sendo homem. Respeito aqueles que se sentem melhores assumindo uma personalidade feminina, ás vezes são até muito melhores do que certas mulheres que encontramos por aí. Mas fico triste quando vejo inúmeros homens dizendo "não aos afeminados". Alguns ainda complementam: nada contra, apenas não curto.
Também os respeito, cada um tem direito de sair e se envolver com quem quiser.
Mas não concordo com a agressividade que muitos deles tratam os gays que são afeminados, ou ainda que se travestem. A verdade é que muitos carinhas dizem e espalham aos quatro ventos que não curtem afeminados, mas a vida costuma pregar peças em pessoas que acham-se convictos quanto a suas opções. Quantos são os casos de pitboys, ou barbies que se encantam por aquele gay "molinho" como eles mesmo dizem, mas que é um gatinho, inteligente, e super sensual, que estava dançando encantadoramente numa boate? Ou bebendo com amigos num bar? Ou ainda nos corredores da faculdade?
Lendo o livro de Martha Medeiros, "Montanha Russa", encontrei uma crônica que fala justamente da certeza que temos quanto a algumas coisas da vida, das nossas convicções.
"Não somos todos iguais como damos a entender. Mas vivemos todos de um jeito muito parecido. É mais fácil se manter integrado, é mais seguro saber direitinho quem se é e o que se quer da vida. Eu nunca vou fazer isso, eu jamais terei coragem de fazer aquilo: será mesmo? Quanto medo das nossas capacidades. Melhor adotar meia dúzia de convicções, assim fica mais fácil manter o rumo. Que pode ser o rumo da verdade, mas também da mentira."
Achei a crônica muito interessante e escolhi esse trecho para ilustrar o que escrevi anteriormente. Acho que devemos ter muito cuidado ao dizer que nunca iremos fazer alguma coisa, visto que a vida dá voltas imagináveis, e quando menos se espera, caímos num laço armado por nossas próprias palavras.
E que os homens, gays ou não, deixem aqueles que são afeminados viverem suas vidas e serem felizes da forma como escolheram para ser. Ás vezes nem escolherem ter estes trejeitos "afeminados", mas se os tem, o que vão fazer? Se matar por causa disso? Cabe a todos nós respeitar-mos uns aos outros em sua individualidade.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Sonhar...

"Que lindo que é sonhar
Sonhar não custa nada

Sonhar e nada mais
De olhos bem abertos

Que lindo que é sonhar

E nao te custa nada mais que tempo"


(A noite sonhei contigo, Paula Toller)

Nesse processo de análise no qual estou vivendo, atenção é algo fundamental. E estive bem atento no que diz respeito a envolvimentos amorosos. Já disse inúmeras vezes que quero encontrar uma pessoa para viver algo diferente de tudo o que já vivi até então. Ok, confirmo a informação.
Nessa fase de autoavaliação, eu confesso ter encontrado algumas pessoas até legais, mas que depois de papos e tal, não passaram de atração física, de sexo ás vezes, e alguns uma amizade posterior. Há algum tempo que um carinha se diz interessado em mim, que me acha isso, acha aquilo e etc, e diz isso a alguns amigos meus com o intuito de que eles nos aproxime, ou que façam com que eu fique com ele, ou até mais: o namore. Mas é uma questão de química, ou melhor, de atração. Eu não sinto atração alguma pela figura. Tudo bem que nunca sentei para conversar cara a cara com ele, mas não tenho interesse algum nele e não quero criar ilusões em nínguem. Então, utilizo da mesma forma que ele usou para me abordar e mando o recado de volta que não quero nada com ele, que não tenho interesse.
Esta semana estava com uma amiga, e encontramos três carinhas, dos quais ela conhece dois deles. Um destes ficou interessado em mim e utilizou do mesmo artifício do outro e mandou recadinho, que me adorou, que está querendo namorar, e que sou a pessoa perfeita para isso, porque sou "certinho" (kkkkkkkkkkkkk) e portanto, uma pessoa namorável. Só que, com ele, aconteceu a mesma coisa do outro. Não senti atração. Não senti nada.
O primeiro ao menos tive a oportunidade de ver como se comporta quando nos conhecemos, sentados numa mesa em comum num bar com amigos em comum. Não me agradou. O último, nunca tive oportunidade de conversar, mas sinceramente e odeio essa frase, mas não há outra: não faz meu tipo. Há quem discorde dessa coisa de "tipo", mas temos que concordar que há pessoas que simplesmente não nos causam sentimento algum. Nem ao menos de amizade. São simplesmente pessoas neutras. Para mim, estas pessoas, estes dois caras que falei são pessoas neutras.
Coloquei-me no lugar de tantos outros que já me disseram isso (Você não faz meu tipo). Senti na pele o que é você ter uma pessoa no seu pé quando você não tem interesse nenhum por ele. E me questionei: será que eu quero mesmo namorar? O certo teria sido eu tentar com um destes caras para finalmente viver algo legal? Estou escolhendo demais? O amor realmente é um sentimento que se constrói? (Nossa, acho que estou assistindo muito Caminho das Indías, kkkkkk).
Então se o amor é algo que se constrói, o que estou procurando então é uma grande paixão, avassaladora, perturbadora.
Conheci outros caras que parecem ser pessoas legais, "ideais para namorar" (se é que existe pessoas ideais para isso), mas não senti esse desejo quando os conheci e não sei se eles tem a mesma vontade.
Creio que não fiz nada errado. Namorar definitivamente não é algo que independe da vontade do outro. Tem que existir a vontade de ambos para que isto aconteça. Eu ainda espero encontrar alguém com quem eu nem perceba que a paixão tá crescendo, e que quando eu vá me dar conta, já seja tarde demais: estaremos unidos de alguma forma estranha e diferente de tudo o que já vivi. Sonhando demais? Talvez.
Mas não custa nada sonhar. E eu ainda sonho em encontrar não a pessoa perfeita, mas a pessoa disposta a viver algo diferente comigo, alguém que acelere meu coração e mude minha rotina! Eu ainda espero. Ah, e reconheço que o final deste post ficou super clichê.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

O que eu sou???

Acho que sou fruto da imaginação,
A imagem viva da ilusão.
(O que é que eu sou, Paula Toller)

Analisar-se faz parte da vida de todo e qualquer ser humano. E eu estou numa fase dessas, de autoavaliação. E confesso estar triste com ela. Não estou satisfeito comigo.
Acho que ainda sou imaturo demais, com atitudes que beiram a infantilidade, e definitivamente, isso afasta as pessoas de mim.
Eu quero crescer. Mas crescer, principalmente quando se trata de personalidade, de maturidade, não é algo que basta desejarmos e acontece. Isto leva tempo, e requer esforço e sensibilidade para aprender com as coisas que nos acontece no dia-a-dia.
Eu queria ser a pessoa que confia em si mesmo, que se ama, que está pronto para viver um relacionamento quando este aparecer, que não é extremamente necessitado de carinho e atenção, que compreende os outros e seus motivos, que não se irrita nem cria caso por besteiras. Eu queria não ser este ser infantil, possessivo, melodramático, etc.
Enfim, eu não estou bem comigo mesmo. E sinceramente, não sei como ficar. É um momento de confusão, mas creio que antes e primeiramente, de aceitação do que sou hoje. Mas o grande X da questão é: como me tornar uma pessoa melhor, segundo aquilo que espero de mim mesmo?
Enquanto não resolvo essa equação, continuo insatisfeito...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Me cansei de lero-lero!

Tenho pensado em algo para escrever, mas minha vida tá meio parada. Claro, ando tendo cuidado para não deixar assim, visto que "água parada dá dengue!".
Então hoje vai só uma música.


O novo CD/DVD de Paula Toller está perfeito. Eu adorei as músicas. Especialmente esta que vou deixar aqui para alegrar a terça-feira!



Espero que todos vocês que passarem por aqui, curtam o vídeo.
Abração meus amigos!