quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O que me dói?

11:00 da manhã, do último domingo. Primeira coisa que faço ao acordar: olhar o celular, para o caso de eventuais chamadas enquanto eu dormia, ou torpedos, ou simplesmente para ver as horas. No visor, duas mensagens recebidas e uma chamada não identificada, ás 3:00 da manhã. Olhando as mensagens por ordem de chegada, a primeira foi dele, e dizia: 

"Desculpa. Num sei o que o q aconteceu, talvez a distância... Sei lá, mas deixou de ser bom. Vamos dar um tempo..! Perdoe-me por qualquer falha. Gosto muito de você, tá.".

Mais uma lida, para absorver a informação, visto que assim que se acorda, o raciocínio ainda está meio lento. Confesso que diante da confusão que eu estava, em dias anteriores, a minha reação a esta mensagem foi agradecer a Deus por ter sido poupado de ter que acabar este "relacionamento", que desde o início estava naufragando. A segunda mensagem era da pessoa que eu amo realmente, mas que já deixou mais que claro  que de mim só quer a amizade, nada mais que a amizade (e isto me corrói por dentro, me transtorna, me enlouquece, porque o que sinto por ele não tem nome, mas todos os dias ele está em meus pensamentos, e nos sonhos mais loucos). Nesta mensagem pós-fim de relacionamento, havia:

"Amigo, vamos para o cinema a tarde? Qualquer coisa liga pra mim. Beijo."

Minha reação depois das duas mensagens? Levantar, ir direto para a TV, ligar o DVD, colocar o Confessions Tour, da Madonna, no volume alto, e tomar um banho, frio.

Aceitei o convite do meu "amor platônico", e fomos ao cinema, junto com uma amiga e um casal de amigos dele. O filme? Bem, por coincidência ou não, Noites de Tormenta, com Diane Lane e Richard Gere. Um filme sobre pessoas confusas que vêem suas vidas esbarrarem uma na outra por causa de um furacão. Um filme que realmente vale a pena. Adorei.

Assistimos o filme, ele do meu lado, partilhando da minha pipoca, do meu refrigerante, falando quase ao meu ouvido. Em determinado momento, chorar era inevitável por causa da história, por causa da minha confusão... E diante de minhas lágrimas, ele segurou minha mão até o filme acabar.

Após o filme, um passeio pelo shopping, olhando livros, utensílios domésticos, sonhando quando cada um tiver a sua casa. Nessas conversas, saía algumas frases tipo: Olha amigo, na nossa casa vai ter um desses... E eu ficava pensando: Nossa casa? Nossa, ele na dele e eu na minha, ou nossa, eu e ele juntos? 

Após esta tarde, não esperava, mas no fim da noite, quando ele chegou em casa, mandou outra mensagem dizendo: 

"Amigo, que bom que você foi. Fica bem. Eu sei que essas coisas machucam, mas passam. Começo a  pensar que tudo é uma ilusão...Beijo.

Diante desta mensagem, recordei-me do poema de um dos heterônimos de Fernando Pessoa que diz:

O que me dói não é
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão…

São as formas sem forma
Que passam sem que a dor
As possa conhecer
Ou as sonhar o amor.

São como se a tristeza
Fosse árvore e, uma a uma,
Caíssem suas folhas
Entre o vestígio e a bruma.

Enfim, o meu amor é real. Porém, não há esperanças que ele se concretize. O sonho permanece. Não sei até quando... Queria poder dizer a ele o que Celine Dion canta em I Want To Need Me. Vejam, ouçam e procurem a tradução... E concordem ou discordem de mim.

http://br.youtube.com/watch?v=fg1hXQiIQWI

Ah, e vejam o trailer do filme, porque este com certeza vale a pena!!! Noites de Tormenta

http://br.youtube.com/watch?v=R7s2ihrT2Kg

Abraços...



sábado, 18 de outubro de 2008

Caminhando para o fim.

Ouvindo Leona Lewis, Bleeding Love.

Acabei de crer que há algum problema comigo. Sou emocionalmente perturbado. Dizem que quando cometemos o mesmo erro por vezes repetidas, isso é burrice. E eu cometi novamente. Pela terceira vez.

Comecei a namorar (se é que posso chamar de namoro conhecer uma pessoa num dia, e no outro estar namorando) e agora vejo que foi um erro. Pior: ele diz estar gostando. Mas eu não tenho ânimo mais. A distância entre nós, o fato de nos vermos apenas em fins de semana, passando na maior parte das vezes apenas algumas horas juntos durante um domingo, esperando para falar frivolidades no MSN, ou aguardando um SMS que não vem... Definitivamente eu não quero isso pra mim, mas a culpa é minha. É minha por ter aceitado levar isso a frente mesmo sabendo que as chances de que com o tempo eu me descontentasse com a situação eram grandes. 

A verdade é que estamos caminhando para o fim. Fim do que? Pra ele, do namoro. Pra mim...nem sei do que. Continuarei amigo, sim. Não tenho porque me afastar mais, vamos nos falar no MSN, orkut, o que for. Mas não é justo empatar alguém de realmente ser feliz. De encontrar alguém que dê a ele todo o amor que ele quer e que possa retribuir a ele todo o carinho que ele possa dar.

Daniela diz: "Sou ariano torto, vivo de amor profundo". Essa frase diz exatamente quem sou eu. E após este fim que ainda não é oficial, porque o mesmo necessita saber e eu não sei como dizer, eu vou ficar só. E a palavra NAMORO comigo, daqui pra frente, será utilizada só e somente só na hora certa. Não vou deixar que ela saia da boca de outra pessoa e eu aceite passivamente. Não. Este erro eu não posso cometer mais.

Quanto ao conselho recebido de que se a pessoa gosta de mim, eu devo ficar com ele, porque ultimamente estão muito difícil encontrar alguem assim, comigo não se aplica. Numa relação não importa apenas que um esteja bem, mas ambos estejam bem. E eu, definitivamente, não estou bem. Algo me incomoda. Portanto, ficar só é melhor do que estar sendo acompanhante de alguém e não ter companhia alguma.

J.M

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A confusão - parte 2


Ouvindo Down to Earth, novo e maravilhoso disco de Jem (Acabei de descobrir).

A confusão continua. E eu acho que sei qual o motivo: a maldita da comparação. Justo agora que comecei a namorar, a amizade com aquele carinha citado em alguns posts anteriores que continua sendo o meu modelo de pessoa perfeita, para casar e viver toda a vida ao lado, voltou ás boas. Falando no msn sempre, trocando mensagens, vendo DVD juntos, marcando de sair e tal. Eu tento, juro que eu tento ver ele apenas como um amigo e seguir o meu caminho. Mas meu Deus, como é difícil.

Conversava com ele sobre Sex and the city, ele falou que nunca tinha visto, então emprestei a ele a série e tinha certeza que adoraria. Dito e feito: ele adorou. Ultimamente estou a caça de "novas" cantoras ou cantores, para mudar um pouco o repertório de minha vida, e quando ouço alguém que realmente vale a pena, mando pra ele, e ele fica louco, perguntando porque faço isso com ele, mandando essas músicas lindas. Sei do que ele gosta, sei o que eu quero. Ele atende as "exigências". Ele, mesmo com os defeitos, era o que eu queria para mim. MAS JÁ ESTÁ MAIS DO QUE CLARO, NÃO PASSARÁ DE AMIZADE!!!!!!!!

Em post anterior, falava do suposto namoro dele com um carinha que, Deus me perdoe, mas é... Prefiro não comentar. Com certeza tem os atrativos dele e eu não posso aqui ficar julgando. Tudo bem, a minha amizade com ele voltou ao normal, mas não posso ainda me sujeitar a sair acompanhado deles dois. Não consigo, não desce, não dá para fingir amizade com o carinha que está namorando com ele, e que agora finalmente ele assumiu. Tenho nojo de ver eles dois juntos, com aquele carinho de namorados. Ele merecia coisa melhor, ainda que não fosse eu.

Enfim, recusei, escapei por pouco de sair no fim de semana acompanhado do casal. Já que o meu namorado não pode vir este fim de semana estar comigo. Diante de toda esta confusão, fico cheio de raiva de mim. Porque eu não posso estar bem com o cara que está comigo agora, e que parece de fato gostar de mim, e está disposto a ficar comigo? Porque eu sou tão confuso?

Eu não sei o que fazer. Realmente, eu não sei.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Confusão...

Ando confuso. Mudei muito nos últimos anos. Antes eu era a ansiedade em pessoa, louco por encontrar alguém para poder namorar, para poder dizer que EU TENHO UM NAMORADO. Hoje que tenho, ando confuso se é isso realmente que eu quero. A verdade é que tenho medo de quem vai com muita sede ao pote, e que diz que sou a razão de viver, a fonte de alegria, que me AMA, nos primeiros 15 dias de conhecimento, (nem digo mais de relacionamento). É muita responsabilidade. Sinto vontade de fugir. Fico PUTO da vida com essa dualidade que há em mim, onde não quero ficar só, mas ao mesmo tempo não consigo estar bem com tanto sentimento que cai sobre mim como uma avalanche. Sem contar que o dito namoro é a distância, onde só vejo a pessoa de 08 em 08 dias, se não ocorrer nada extraordinário (como as últimas eleições, quando tive que viajar), ou então doença, que é o que está ocorrendo esta semana e que provavelmente acarretará em não o ver novamente neste fim de semana. Nisso, eu me distancio. Sem querer, mas acaba acontecendo, sinto meu sentimento que já não é muito ir se distanciando de mim. Na minha concepção, no início de um namoro, a presença da pessoa é fundamental, afinal estamos nos conhecendo, sabendo mais um do outro. Como é possível isso a distância?

Não me fale de telefone, de internet, porque não é a mesma coisa do que ter a pessoa do seu lado, de pode conversar, ver as reações, as expressões faciais, o jeito. Não, definitivamente não é. Se o que ocorresse fosse a pessoa depois de um tempo ter que se mudar, e o namoro permanecer a distância, até poderia dar certo uma vez que você já o conhece e sabe que o quer. Mas neste caso, está complicado.

Ele me disse EU TE AMO, com menos de 1 mês de namoro. Sinceramente, eu não retribui, e ainda não consigo fazer isso. Não quero dizer só porque ele me disse. Não é justo comigo e tampouco com ele. 

Não sei o que fazer. Quando a coisa vai ficando assim, tenho vontade de terminar, de não dar continuidade. Seria medo? Seria insegurança minha? Devo manter esse relacionamento pra ver no que vai dar? Não sei o que fazer.

Eu estou confuso, meus ponteiros estão marcando horas erradas, meu mundo está girando contra a rotação, sentido anti-horário, estou no olho de um furacão sentimental, e neste momento que tenho vontade de jogar tudo pro alto e deixar que o vento leve tudo pra longe de mim, talvez até me leve.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Paternidade


Ultimamente, tenho pensado muito na minha vida familiar, ou melhor, tenho recordado muitos momentos bons que tive com minha família em anos passados.

Após a separação de meus pais, eu achei que estaria apoiando o melhor para todos nós. Mas confesso que sinto saudades de muitos dos momentos que nós: eu, minha mãe, meu pai, meu irmão, e um pouco mais tarde, meu segundo irmão, fora momentos impares. Na verdade, toda essa saudade do passado surgiu com o afastamento de meu pai nos ultimos meses.

Após a separação eu prometi continuar um filho presente, porém, minha ligação com minha mãe é muito mais forte. Me questiono: minha relação com ele não será reflexo de tentativas frustadas de aproximação do mesmo no passado? Nas inúmeras vezes em que este me convidou para viajar com ele, mas que recusei terminantemente porque não conseguia ficar sem minha mãe. Recordo os presentes que ele dava a mim e meu irmão,  nossas viagens para praia nas férias, ao almoços de domingo em casa, família reunida, um churrasquinho só pra gente, muitas risadas após o almoço... Recordo também as broncas, as brigas...

Na verdade, analisando hoje a vida desta pessoa que não deixa de ser importante na minha, vejo o quanto ele regrediu, o quanto perdeu o seu brilho e deixou que isso influenciasse na nossa família, culminando no fim da mesma. Uma pessoa vaidosa, com sonhos, que foi caíndo após perder o emprego...acabando com aquilo o que conquistou ao longo dos anos através do vício da bebida... e no fim, acabando "só",  entre aspas porque  um dos filhos muito ligado a ele, ainda permanece como um presente de Deus para acompanhá-lo enquanto os outros dois estão longe, no sentido literal da palavra. 

Sim, eu queria que a relação com meu pai fosse diferente, mas o passar do anos, seu trabalho fora, as brigas por causa da bebida, as ofensas ditas neste estado de embriaguez marcaram, e fundo. Mas hoje vejo que as alegrias que passamos juntos superam isso. E sinto, no fundo, que o amo...

J.M.